19 de jul. de 2015

Artigo - Necessário se faz punir os homens


(Francesco Costa)

Tenho visto pessoas contra a redução da maioridade penal. Mas não são tantas assim. Poucas, aliás. Maioria deles idealistas, integrantes de grupos que vivem a “teoria de uma causa”.
Mesmo sendo poucas faço questão de perguntar a elas sobre o histórico de violência sofrida pelos familiares mais próximos e se foi provocada por uma pessoa menor de idade. Aí pergunto:
·         Sua vó alguma vez, ao sair do banco, após receber o dinheiro da aposentadoria já foi assaltada por um assaltante de 16 anos?
·         Sua esposa já foi violentada por um garoto de 17 anos?
·         Sua mãe foi atropelada por um condutor menor de idade?
·         Seu irmão foi assassinado por um assaltante de 14 anos?
·         Sua casa já foi arrombada por um menor que aproveitou para estuprar sua filha de 7 anos e levou o que pode de dinheiro?
Todas as respostas são negativas. Eles não sabem o que é ser ou ter um ente querido agredido por um menor infrator. Nunca viram um parente ser condenado a viver o resto da vida em uma cadeira de rodas por ter sido vitimado com um tiro disparado por um menor durante um assalto. Nunca viveram o terror diante de uma arma de fogo nas mãos de um menor desequilibrado tomado pelo vício do crack.
Não sabem. Não sabem e nem querem saber a dor de uma perda enquanto o menor infrator continua a andar tranquilamente pelas ruas fazendo mais vítimas com pleno amparo das leis.
Eu não tive, e espero não ter nenhum caso desses em minha família, e não preciso ter para entender que é preciso sim, punir com rigor qualquer e quem quer que seja o agressor.
Aí alguns idealistas teóricos me vêm com uma conversa que é preciso construir escolas e não presídios. Infelizmente é preciso construir as duas coisas.
Presídios para as crianças e jovens que já estão envolvidas com a criminalidade; e escolas para as que estão querendo um futuro melhor.
Mas de nada adianta levar à escola quem só quer atrapalhar os que querem aprender e agredir professores. Também de nada adianta construir prédios e recheá-los de materiais didáticos dando-lhes o nome de ESCOLA. É preciso construir mais que escolas. É preciso construir CENTROS DE ENSINOS e supri-los de professores qualificados e com autoridade para tal.
Para combater a criminalidade não adianta apenas construir prédios cercados de grades e treinar homens para manter neles os criminosos. É preciso construir mais que presídios. É preciso construir CENTROS DE RECUPERAÇÃO e neles implantar técnicas para reciclar os dejetos sociais e devolvê-los ao convívio e ao trabalho.

Um dia os presídios, hoje construídos e lotados, poderão ser museus, retratos que ilustrarão a história hoje vivida. Mas enquanto isso não chega, é preciso sim construir escolas para de forma preventiva combater a violência; e construir presídios para punir os que já estão na delinquência. Pois já que não educamos as crianças, necessário se faz punir os homens.  

17 de jul. de 2015

Artigo - O plano de governo perfeito

(Francesco Costa)


Vejo gente caçando “pelo em ovo” quando o assunto é transformar o país.
Eleitores com “falsos moralismos” se opondo à corrupção; políticos com belos discursos, cheios de dados técnicos e fórmulas mágicas; candidatos pagando uma “nota preta” para ter um plano de governo (verdadeiras promessas requentadas) que agrade aos eleitores e os dê melhor pontuação nas pesquisas, quase sempre, inverídicas.
Outros querendo defender o indefensável sistema político. Procurando culpados e transferindo a culpa desse para aquele grupo político.
Só firulas.
O plano de governo para elevar o Brasil à Nação de primeiro mundo, lugar digno e seguro para se viver foi criado em 19 de novembro de 1889.
Isso mesmo.
Naquela data foi criada a Bandeira Nacional que está exposta em repartições públicas. Ela traz a inscrição "Ordem e Progresso".
É uma forma abreviada do lema político positivista: o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim.
Mas o povo brasileiro parece não ter grande simpatia pela ordem, não é mesmo?
Fato notado em coisas tão simples que apenas o “raro bom senso” resolveria, mas para tal é necessário se criar leis e ainda gastar uma grana pagando fiscais para fazer cumprí-las; e outros tantos para fiscalizar os primeiros que corriqueiramente corromperão,  permitindo que a “tal lei” seja burlada mediante pagamento.
Engraçado isso né?!
Posso citar como exemplo o horário em que é permitido o uso de som, com um volume “um pouco mais elevado”. Mas, se o vizinho tivesse o “raro bom senso” , nem precisaria ter legislado sobre isso. Conhecendo seus vizinhos é possível saber que alguns trabalharam no período noturno e agora em plena 9h precisam dormir; outro que tem um recém-nascido ou um idoso em casa; outro que está estudando para um concurso e precisa de silêncio; e mesmo não sabendo muito sobre eles, é natural imaginar que em um conglomerado de casas é muito natural que se tenha, em qualquer vizinhança, pessoas nas condições citadas. O “raro bom senso” vale também para não estacionar na garagem alheia.
Mas voltando a escrever sobre Plano de Governo, não adianta quebrar cabeça com o crescimento de um país sem trazer primeiro a ordem. Não adianta o cidadão exigir ordem na Câmara de Vereadores de seu município se ele não consegue botar ordem em sua casa; exigir que o vereador não pegue dinheiro ou outros benefícios do prefeito se ele suborna policiais e fiscais; não adianta culpar os políticos se o eleitor se cala quando o recurso desviado o beneficia diretamente; se apoia ou vota no candidato ignorando a coletividade e priorizando o individual.
Comece por você a mudança que espera. Mire na Bandeira e acredite: sem Ordem, o Progresso não passa de Utopia.

14 de jun. de 2015

A importância do trabalho

O trabalho é uma lei natural.
Da mesma forma que a alimentação e o sono, ele é imprescindível para uma vida equilibrada e saudável.
A necessidade de laborar constitui um precioso auxiliar do progresso.
Ao movimentar seu corpo e sua inteligência para atingir um objetivo, o homem aprimora-se.
No setor profissional a criatura vê-se obrigada a certas disciplinas que depois carreia para os demais setores de seu viver.
Em sua profissão, a pessoa precisa observar horários, ser gentil e cordata, acatar determinações dos superiores.
Essa disciplina, com o tempo, burila os aspectos mais ásperos da personalidade.
A obediência gradualmente vai reduzindo o âmbito de atuação da vaidade e do orgulho.
A pontualidade torna-se um saudável hábito, que evidencia respeito pelos semelhantes.
A gentileza, a princípio forçada, lentamente torna-se um modo de ser.
A inteligência, ao concentrar-se na solução de específicos problemas, ganha novo brilho e expande-se.
Assim, sob os aspectos intelectual e moral, o trabalho é uma bênção.
Mesmo quem possui fortuna, necessita trabalhar como um imperativo de equilíbrio.
É que o desempenho de um ofício dá ao homem a possibilidade de ser um elemento útil na sociedade.
Essa sensação de utilidade faz bem ao ser humano, permitindo-lhe vislumbrar uma finalidade maior em sua existência.
Contudo, muitas pessoas consideram o trabalho como se fosse um castigo.
O final de semana é aguardado como uma libertação, ao passo que a segunda-feira é amplamente lastimada.
Grande contingente de homens deseja aposentar-se o mais cedo possível.
Eles não se preocupam se com isso se tornarão pesados para a sociedade, por inúmeras décadas.
No anseio de livrar-se do dever de trabalhar, contam em anos, meses e dias o tempo que falta para sua aposentadoria.
Tal modo de pensar e sentir evidencia uma percepção equivocada do viver.
A vida não possui como objetivo o descanso.
Descansar de forma periódica e temporária é necessário para a restauração das forças.
Mas a finalidade da vida é o aperfeiçoamento contínuo, proporcionado pela utilização dos próprios talentos na construção de um mundo melhor.
Ao tornar-se inativo, todo organismo vivo tende para a decrepitude. O movimento e a atividade garantem a manutenção do vigor.
O problema é que muitos se equivocam na escolha de suas atividades.
A ganância frequentemente faz com que a profissão seja escolhida mais pela boa remuneração que proporciona do que pela vocação.
Ocorre que desempenhar voluntariamente uma atividade de que não se gosta, podendo-se optar por outra, constitui um enorme peso colocado sob os próprios ombros.
O trabalho não se destina somente a garantir a sobrevivência. Ele também deve proporcionar satisfação íntima.
É o que se dá quando alguém sabe que faz bem algo de que gosta e que possui utilidade para os outros.
Mas mesmo quando não se ama a profissão exercida, é possível desempenhá-la com competência e boa vontade.
Basta que o profissional sinta que está fazendo sua parte na construção de um mundo melhor.
Que ele vislumbre a importância do que faz para a harmonia do meio social em que se insere.
Assim, ame o seu trabalho.

Considere-o uma bênção que o auxilia a ser melhor a cada dia.