Saído diretamente da CEFEM, os
recursos deverão abrir outras alternativas de desenvolvimento econômico de
geração de renda, de investimento em educação e tecnologia
“No ritmo que vamos, nossa cidade vai ficar somente com o
buraco e os problemas sociais”,
conclui Bruno
Expressando sua solidariedade aos
familiares das vítimas de agressão sofrida nos últimos dias, sendo uma delas
violentamente morta, o vereador Bruno Soares criticou, na Tribuna da Câmara
Municipal de Parauapebas, na sessão realizada na terça-feira, 25, a segurança
pública no município. “Esse momento de insegurança que vivemos também é um
reflexo dessa gestão municipal”, diz Bruno, informando que apenas duas câmeras
de segurança funcionam em Parauapebas. Ele qualifica o atual momento como
“clima de insegurança”, causado, segundo ele, pela falta de investimento
adequado por parte da administração.
Na opinião do vereador, a Câmara
Municipal já deu sua contribuição. E lembra que, em 2006, foi aprovado naquela
Casa de Leis um Plano Diretor, que é um planejamento de ordenamento territorial,
com o objetivo de estudar o espaço urbano e propor melhorias para a cidade em
sua parte existente como também em sua expansão; tendo dentro deste Plano
alguns produtos que deveriam ser regulamentados. Ele cita que um deles é o IPTU
Progressivo, e através dele, a prefeitura, identificando os terrenos vazios, e
se neste não se houver construção ou pelo menos cercamento adequado o IPTU vai
sendo dobrado ano a ano. “Isso além de melhorar a receita, diminui estes
espaços inadequados”, diz Bruno Soares.
O vereador lembra que a LOA (Lei
Orçamentária Anual) está na Câmara Municipal para ser votada; e mensura que foi
planejado para ser gasto em obras neste ano, 2014, R$ 371.263.710,89 (Trezentos
e setenta e um milhões, duzentos e sessenta e três mil, setecentos e dez reais
e oitenta e nove centavos) destinados para investimentos. O vereador se diz
impressionado que mesmo tendo verba do Governo Federal para a construção e
implantação do Restaurante Popular, R$ 3.850.000,00 (Três milhões e oitocentos
e cinquenta mil reais) foram destinado para tal obra. Bruno Soares sugere
chamar o programa Fantástico para saber onde está o nosso dinheiro.
Ele se diz surpreso que R$
33.358.000 (Trinta e três milhões, trezentos e cinquenta e oito mil reais)
foram destinados para esgotamento sanitário. E interroga: “Onde está este
esgotamento sanitário, meus amigos? Se nós temos apenas 5,7% de esgotamento
sanitário em Parauapebas!” Outra parte que ele chama de “interessante”, é o
Centro de Zoonoses, que conta com quase R$ 3 milhões do fundo do Governo
Federal para sua implantação, e ele nunca é construído. “Tá na hora de
buscarmos outros recursos judiciais, porque o governo não se prontifica em
abrir o diálogo”, lamenta Bruno, propondo que seja tomada a iniciativa por
todos os vereadores, a exemplo do que foi feito em outro momento no município
de Itabira (MG), que é criar um Fundo Municipal de Esgotamento de Mina, saído
diretamente da CEFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais) para ser aplicada única e exclusivamente em uma finalidade: abrir
outras alternativas de desenvolvimento econômico de geração de renda, de
investimento em educação e tecnologia. “Eu digo a vocês que, no ritmo que vamos,
nossa cidade vai ficar somente com o buraco e os problemas sociais que o
governo não está tendo a capacidade de resolvê-los. Nossa realidade hoje é
muita propaganda e pouca efetividade”, conclui Bruno. (Fonte: Assessoria de Comunicação do gabinete do vereador Bruno
Soares)