26 de jul. de 2022

Especialista explica como evitar maioria dos problemas oftalmológicos

 O mês de julho é o período em que se celebra o Dia da Saúde Ocular e tem como finalidade apontar a importância da prevenção de problemas oculares. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 39 milhões de pessoas em todo o mundo podem ser acometidas pela cegueira.

Para o oftalmologista do Sistema Hapvida, Dr. Erlon Pinheiro, é fundamental que os profissionais de saúde conscientizem a população sobre a importância da realização dos exames preventivos. “Estima-se que 50 milhões de brasileiros apresentam alguma doença ocular, e destes, 60 possuem alguma alteração mais grave como cegueira e distúrbio visual avançado”, informou.

Segundo o especialista, muitas doenças poderiam ter sido evitadas se houvesse um diagnóstico precoce. “O paciente com glaucoma que não é diagnosticado de início, a doença se agrava, assim como o paciente que tem catarata, os nossos pacientes diabéticos, e hipertensos, que não estão controlados, podem apresentar doença ocular grave, então o mais importante é a prevenção, é fazer os exames de rotina”, explicou.

O que pode causar o glaucoma?

Os fatores de risco para o glaucoma são a hereditariedade, a diabetes, traumas oculares e a idade superior a 35/40 anos. Glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual.

20 de jul. de 2022

Julho Amarelo alerta para a prevenção e o diagnóstico precoce das hepatites virais

 

Cheia dos rios atinge milhares de pessoas elevando o risco de contaminação por hepatite A

Com o aumento dos níveis dos rios e igarapés nos municípios do Amazonas, cresce também a preocupação relacionada às hepatites virais que é muito comum nesse período do ano. A Campanha Julho Amarelo visa reforçar a luta contra esse tipo de doença que acomete milhões de pessoas ao redor do mundo, bem como a prevenção e a importância do diagnóstico precoce.

A Dra. Silvia Fonseca, médica infectologista do Sistema Hapvida explica que a hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Existem cinco tipos de hepatites virais a A, B, C, D e E, no Brasil os mais comuns são os três primeiros. “Devemos reforçar as ações preventivas de cuidados com a saúde. Durante este mês é importante que conheçamos mais sobre as hepatites virais, além da importância da vacinação contra os tipos A e B”, explicou Fonseca.

No Amazonas, a cheia dos rios atinge milhares de pessoas, elevando o risco de contaminação por hepatite A, em locais em que o saneamento básico é deficiente ou não existe. O vírus é transmitido por via oral-fecal de uma pessoa infectada para outra saudável e por alimentos ou água contaminada. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade contra VHA por toda a vida.

Já os vírus B e C, que sem diagnóstico precoce e sem tratamento podem evoluir para a forma crônica e levar o paciente a desenvolver cirrose ou câncer no fígado.

Dra. Silvia Fonseca, médica infectologista do Sistema Hapvida[/caption]

Cuidados e prevenção - A Hepatite A e B tem vacina sendo oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além disso, é importante que a população fique alerta e redobre os cuidados com a água e os alimentos que serão consumidos.

Usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal. A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão da mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

Sobre o Sistema Hapvida - O Sistema Hapvida é a maior rede de saúde integrada do país em número de beneficiários, nos segmentos de saúde e odontologia. Em 2022, a combinação de negócios do Hapvida com a NotreDame Intermédica (NDI) resultou na criação de uma das maiores operadoras de saúde verticalizadas do mundo, com cerca de 15 milhões de clientes e 18% de participação de mercado em planos de saúde. Tanto o Hapvida quanto a NDI participaram intensamente da consolidação do mercado de saúde nos últimos anos através de uma combinação de crescimento orgânico e aquisições. A companhia possui mais de 68 mil funcionários, cerca de 27 mil médicos e 28 mil dentistas. Com o objetivo de garantir o acesso a saúde de qualidade a um custo eficiente, a empresa comercializa planos de saúde e odontológicos e presta serviços através de rede assistencial própria composta por 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 318 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial. Para mais informações, acesse: hapvida.com.br e ri.hapvida.com.br.

Especialista alerta sobre o perigo da fumaça e fuligem das queimadas para a saúde das crianças

 

inevitável desconforto sentido, principalmente, na qualidade do ar

 

Os efeitos da fumaça e fuligem produzidos pelas queimadas, comuns neste período de estiagem, podem causar problemas de saúde como, por exemplo, intoxicação, acidente vascular cerebral (AVC), desordens cardiovasculares, enfisema pulmonar, asma, conjuntivite, bronquite, irritação dos olhos e garganta, tosse, falta de ar, nariz entupido, vermelhidão e alergia na pele, além de contribuir para o efeito estufa e aumentar, ainda mais, os efeitos negativos provocados pela baixa umidade do ar nos períodos de seca.

Se houver fuligem, soma-se ao seu potencial tóxico, o gasto de água (geralmente potável) para a limpeza. “Os principais efeitos que a gente vê, em consequência da inalação dessa fumaça, são principalmente problemas respiratórios. Então a gente vê crianças com muita tosse, dor de garganta e diversas outras reações”, afirma Dr. Guilherme Vernachi, médico pediatra, acrescentando que em muitas delas pode desenvolver problemas ainda mais sérios, indo desde uma irritação alérgica, passando por uma gripe, até casos de quem tem asma desenvolver uma crise, ou pneumonia, tudo em consequência da inalação de fumaça.

As recomendações dadas pelo pediatra para que as crianças sejam preservadas da insalubridade trazida pela fumaça é, além do uso de máscara para evitar que seja inalado pequenas partículas, manter as crianças dentro de casa. “Existem outras coisas muito básicas que podem ajudar bastante”, afirma Dr. Guilherme Vernachi, detalhando que pode ser deixado, preferencialmente no quarto, umidificador de ar, toalhas molhadas ou uma bacia de água para que o ar melhore a umidade evitando que a criança inale essas partículas.

Além disso, a sugestão do especialista é que incentive o aumento no consumo de água, pois, se a criança se hidratar bem, os pulmões e as vias aéreas poderão combater melhor as entradas das partículas fazendo com que o próprio organismo consiga eliminar ou não deixar entrar as tais partículas.

Guilherme Vernachi, médico pediatra do Sistema Hapvida

Guilherme Vernachi alerta que, caso a criança apresente sintomas como, por exemplo, febre, tosse ou irritação nasal, é importante que seja levada a um médico pediatra, pois, neste momento em que se vive a pandemia da Covid-19, o ideal é sempre procurar um especialista para que se possa identificar se o problema é decorrente da fumaça ou se trata de algo mais sério.  “O ideal é evitar a automedicação para que nada de errado aconteça”, conclui o pediatra.

Sobre o Sistema Hapvida – Com mais de 6,6 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 38 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 45 hospitais, 198 clínicas médicas, 46 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

18 de jul. de 2022

Dentista do Sistema Hapvida fala sobre os impactos da alimentação inadequada na saúde bucal

 


No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alegria, que foi na última sexta-feira, 8, o Hapvida Odonto reforça os cuidados necessários com os dentes e a boca. Conforme a dentista do Sistema Hapvida, Suyana Carneiro, uma das preocupações é em relação ao consumo de alimentos industrializados.

“Esse tipo de dieta pode gerar muito sódio. Além disso, o organismo não recebe os nutrientes necessários para suprir o que nós precisamos, principalmente na nossa saúde bucal. Doces, biscoitos, chocolates, balas, chicletes e refrigerantes são extremamente ricos em açúcar. E quando esses alimentos são ingeridos, as bactérias que ficam na boca transformam esse açúcar em ácido que destrói o esmalte do dente”, explica a especialista.

Segundo Suyana Carneiro, a destruição do esmalte do dente é a porta de entrada para as cáries, que levam às dores e problemas mais complexos como canais, causando desconforto na polpa dental, tecido conjuntivo frouxo que ocupa a cavidade interna do dente e é composta por células, vasos, nervos, fibras e substâncias intercelular.


A especialista enumera outros alimentos que também afetam a saúde bucal: “Bolos, massas, pães, ou seja, os carboidratos, e frutas cítricas, como limão, laranja, uva, abacaxi também podem prejudicar os dentes”. “Tem que haver um equilíbrio na ingestão deles, pois a ingestão exagerada desses alimentos causa prejuízo à saúde e, principalmente, na nossa saúde bucal”, sugere a dentista.

Há também o cuidado que se deve ter com alimentos extremamente industrializados, como chocolates, pirulitos, por exemplo, que exigem uma mastigação mais forte. Eles podem ocasionar a quebra dos dentes.



17 de jul. de 2022

Infectologista explica sobre hepatite misteriosa e diz “a hora não é de alarmes, e sim, de atenção”

 

A OMS registrou, até junho, mais de 900 casos prováveis da doença em todo mundo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 33 países já registraram casos suspeitos de uma hepatite aguda de origem desconhecida, nomeada a princípio como hepatite misteriosa. A doença acomete crianças, de um mês a 16 anos, e apresenta sintomas gastrointestinais, dor abdominal, vômito e diarreia, além dos olhos amarelados e alterações nas funções do fígado.

“Foi identificada uma hepatite bem diferente do que costumavam ver. As crianças tinham a icterícia, o amarelinho no olho, mas também tinham uma alteração muito importante da função do fígado. Essas crianças, muitas foram internadas, e tiveram exames muito alterados e algumas tiveram a completa destruição do fígado precisando de transplante, o que não é comum nas hepatites em crianças pequenas”, explica Dra. Silvia Fonseca, infectologista do Sistema Hapvida.

A médica aponta que por não ter sido detectado nenhum dos vírus comuns que causam a hepatite, ocorreram relatos relacionando a doença com a vacina contra a covid-19, o que foi descartado “muitas das crianças pequenas nunca tinham tomado a vacina de covid-19 e se apresentaram dessa maneira. Então, uma coisa a gente sabe, não é da vacina, porque 75% das crianças no Reino Unido não tem 5 anos de idade, que é a idade mínima para tomar a vacina”.

Os testes dos pacientes apontaram a presença do adenovírus (55% dos casos na Europa) e do SARS-COV-2 (47 dos 307 casos na região europeia). “Foi identificado o adenovírus 41 e, em muitas crianças, o vírus que causa a covid, o SARS-COV-2. Então, hoje, nós não sabemos se está ocorrendo uma interação entre esses dois vírus e por isso está causando esse problema todo”, diz a infectologista.

Até junho, já foram registrados 920 casos suspeitos da doença em 33 países, de acordo com a OMS. O Brasil tem 96 casos sob investigação. “Nós temos alguns casos em investigação no Brasil, mas aproveito para dizer que, por enquanto, ainda é uma doença relativamente rara, e que as outras hepatites, principalmente, aqui no Brasil, nós temos a hepatite A e B, que tem vacinas distribuídas gratuitamente pelo programa nacional de imunização e, para quem contrair hepatite B e C, tem tratamento oferecido pelo SUS. Então, a hora não é de alarmes, e sim de atenção”, finaliza Dra. Silvia.

A especialista orienta que na presença de algum sintoma de hepatite, as crianças devem ser encaminhadas para o atendimento médico.

Psicóloga enumera boas práticas e pontos de atenção no enfrentamento da depressão

 A cada dez brasileiros, pelo menos um enfrenta um quadro de depressão. A conclusão é de uma pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde, que apontou a presença da doença em 11,3% da população. O índice representa mais que o dobro da prevalência em relação ao constatado em termos globais, que é de 5%.

“Assim como as causas da depressão são multifatoriais, pensar na incidência dela entre os brasileiros está relacionado a esses múltiplos fatores, tais como a extensão territorial, número de habitantes, políticas públicas mais eficazes no reconhecimento e tratamento do transtorno”, afirma Mírian de Oliveira Primon dos Santos, psicóloga do Sistema Hapvida. Sobre o cenário em Joinville, a psicóloga avalia que houve um aumento significativo de casos diagnosticados, principalmente após a pandemia e nos adolescentes.

Prevalência e sinais de alerta

O estudo apontou maior incidência entre mulheres (14,7%) do que em homens (11,3%). Na opinião da especialista, há questões culturais que dificultam o diagnóstico adequado: “Já ocorreram avanços importantes, mas ainda prevalece o pensamento de que o homem, por ser ‘mais forte e racional’ não sinta os impactos das emoções e acontecimentos vivenciados – o que sabemos ser um engano. Mesmo que as percepções sejam diferentes, não podemos desconsiderar o sofrimento que pode ser provocado”. “Em contrapartida, as mulheres são mais afetadas pela depressão e estão entre as que mais procuram por ajuda. Nesse sentido, as alterações hormonais que ocorrem durante toda sua vida podem favorecer o desequilíbrio hormonal e, por consequência, afetar suas emoções”, acrescenta.

Conforme a pesquisa, os indivíduos de 55 a 64 anos são os que apresentam os índices mais elevados de depressão: 13,2%. Para a psicóloga há um fator importante a ser considerado em relação aos desafios da maturidade: “As mudanças vivenciadas nesse período da vida podem ser sentidas de maneira mais negativa e/ou limitante. Por exemplo, a aposentadoria, limitações físicas, perdas de familiares ou amigos”.

Embora o levantamento sinalize um ponto de atenção com o extrato mais maduro da população, a psicóloga reforça a necessidade de que os pais estejam atentos com a saúde emocional de seus filhos. Conforme Mírian, alguns sinais e sintomas que podem indicar depressão durante a infância incluem falta de vontade para brincar, fazer xixi na cama, queixas frequentes de cansaço, dor de cabeça ou barriga e dificuldades no aprendizado. “Estes sintomas podem passar despercebidos ou ser confundidos com birras ou timidez, porém se permanecerem por mais de duas semanas é aconselhado ir ao pediatra ou ao psiquiatra infantil para fazer uma avaliação do estado da saúde psicológica e verificar a necessidade de iniciar tratamento”, aconselha.

Nos adultos, a psicóloga aponta a necessidade de atenção para alterações no apetite que tenham reflexos no peso, perda da qualidade do sono, baixa autoestima e redução da libido. “A depressão provoca impactos diretos no funcionamento do cérebro, o quadro clínico pode afetar a região do hipocampo, associada à memória, da amígdala, que representa a forma de interpretar e responder aos estímulos, do córtex cerebral, que concentra pensamentos, e do tálamo, estrutura envolvida no processamento dos estímulos externos e sensoriais”, explica.

E como discernir o momento no qual aquela tristeza que faz parte da vida e ocorre naturalmente com os acontecimentos difíceis deixou de ser transitória, passou a ser patológica e é hora de buscar uma ajuda profissional? De acordo com Mírian, a diferença pode ser percebida, principalmente, pela intensidade, duração e causas do quadro. “Saber identificar e distinguir cada uma dessas características pode ser bastante complicado, especialmente quando envolve a perda de um ente querido. Nesses casos, luto, tristeza e depressão podem se embaralhar e, inclusive, é possível que a depressão pós-luto se desenvolva. Por isso, é importante entender o impacto dessa perda para saber como enfrentá-la e entender que tipo de ajuda procurar. O primeiro ponto para entender a diferença entre tristeza e depressão é saber que a primeira se trata de um sentimento relacionado a um motivo e a segunda, de uma doença”, conta.

Os gatilhos

Há casos de depressão nos quais o alívio para o mal estar pode acabar sendo buscado em fontes inadequadas, como por meio do abuso de bebidas alcoólicas e de drogas lícitas. “A maioria dos estudos não vê na depressão profunda um motivador para o consumo de álcool, mas o contrário: o consumo excessivo de álcool pode levar a uma depressão profunda. Isso porque o álcool ‘anestesia os pensamentos” e, muitas vezes, o sujeito o utiliza como uma fuga da sua realidade para não ter de lidar com os problemas reais”, pondera.

Outro consumo que pode ter nuances tóxicas é o de informação. Na avaliação da psicóloga, o uso das redes sociais tem sido associado a problemas como depressão e ansiedade, especialmente em adolescentes: “Quanto mais tempo os adolescentes passam nas redes, maiores são as chances de desenvolver depressão e ansiedade”.

Alívio para o sofrimento

Na avaliação da psicóloga, o tratamento medicamentoso é fundamental para o equilíbrio e regulação hormonal e de componentes químicos do corpo, mas não é completamente eficaz se usado de maneira isolada. “Por meio da psicoterapia é possível reconhecer e lidar melhor com as emoções envolvidas, padrões de pensamentos estabelecidos, enfrentamento de situações e novas percepções sobre a própria história. É o que nomeamos na psicologia de ressignificar situações traumáticas ou de sofrimento ao sujeito”, detalha.

Conforme a especialista, o desencadeamento da depressão está relacionado a diversos e distintos fatores, como genética, transtornos hormonais, episódios de estresse e grande impacto, lutos e perdas. “Com o tratamento adequado, a pessoa consegue sair da crise e voltar a ter uma vida funcional; prevenir futuras crises; e mesmo quando e se essas acontecerem, os sintomas se manifestam com menos intensidade e o tempo para sair delas é menor”, afirma.

Para Mírian, práticas como meditação, técnicas de relaxamento e respiração também podem ser benéficas. “Tais técnicas aliadas ao autoconhecimento favorecem a percepção sobre as emoções e os ajustes necessários em sua rotina, como, por exemplo, ter tempo de lazer de qualidade, a busca de ajuda específica para a resolução de determinados conflitos, e a visão clara sobre seus objetivos e motivações pessoais”, explica.

A profissional relembra a importância da atividade física, por favorecer a liberação do estresse e ansiedade e permitir um tempo específico de autocuidado. Ler, aprender coisas novas, ter hobbies, se divertir e arte-terapia também podem ser aliados no tratamento. “Esses tipos de atividades estimulam a adaptação e flexibilização do pensamento, o planejamento estratégico e a tomada de decisão – áreas muito afetadas nos quadros depressivos, no qual o sujeito tem a tendência de ver as circunstâncias de maneira restritiva e de pouca adaptabilidade”, conta.

Para a psicóloga, comer, além de ser necessário para a sobrevivência, é uma forma de obter prazer. “O consumo de alimentos antidepressivos acelera a produção de serotonina e dopamina, responsáveis por uma sensação de prazer momentânea. Alguns alimentos indicados são as hortaliças verde-escuras (espinafre, brócolis e alface); frutas como laranja, melancia, abacate, mamão, banana e limão; mel; batata-doce, a lentilha, o feijão, o pão integral e o arroz integral; castanha-do-pará; aveia e centeio; peixes e frutos do mar; e soja”, detalha.

Conforme Mírian, manter a higiene pessoal e cultivar relacionamentos sociais favorecem o enfrentamento da depressão, por se tratar de um “transtorno com impactos significativos na esfera biopsicossocial”. “A abordagem mais efetiva não deve levar em conta apenas uma das esferas”, avalia.

O papel da rede de apoio

A especialista ressalta a importância da família e da rede de apoio no cuidado e suporte ao sujeito deprimido, pois “em muitas situações funcionará como estímulo e supervisão aos cuidados mais básicos do sujeito”. Na avaliação da psicóloga, a psicofobia é um dos obstáculos para o enfrentamento da doença. “Manter-se informado sobre a doença e os recursos possíveis contribui para a diminuição do preconceito sofrido pelo sujeito adoecido, possibilita o diálogo mais aberto e ajuda na prevenção e enfrentamento dos sintomas depressivos”, acrescenta.

Para Mírian, há frases que deveriam ser evitadas no convívio com pessoas que enfrentam a doença, como “‘Depressão é frescura’, ‘é falta de ocupação’, ‘você tem tudo, por que está deprimido?’, ‘você não se importa com sua família’, ‘está em tratamento e não melhorou ainda?’ e ‘isso é coisa da sua cabeça’”. “Mesmo que você não saiba o que dizer ou como reagir, se estiver disposto a ouvir com atenção e direcionar a ajuda especializada, já estará contribuindo significativamente com o sujeito”, orienta.

Para ler e ver

A psicóloga compartilha algumas dicas de obras que abordam o tema. Mírian recomenda a leitura do livro “Mentes depressivas: As três dimensões da doença do século”, de Ana Beatriz Barbosa; e os filmes “Pequena Miss Sunshine”; “Ela”; “Foi Apenas um Sonho”; “As Faces de Helen”; “Cake – Uma Razão para Viver”; “As Horas”; e “Se Enlouquecer não se Apaixone”.

5 de jul. de 2022

Xikrin do Cateté: Sempror faz levantamentos de demandas agrícolas em comunidades indígenas

 O objetivo é mapear as demandas agrícolas quanto as áreas a serem mecanizadas


 
A equipe técnica da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) estiveram durante seis dias, em visita às 14 aldeias que integram o complexo Carajás. O objetivo da expedição até as comunidades Xikrins do Cateté foi mapear as demandas agrícolas quanto as áreas a serem mecanizadas bem como o estimativo do quantitativo de mudas de Cacau e açaí que serão disponibilizados para plantio.

As comunidades inclusas no roteiro foram:

Kankrokroc, Krimey, Pratinhopury, Kametkore, Djudje-kõ, Kateté, Kenhoro, Pokrô, Pukatingran, Kuíko, Oodjan, Pikatyokrãi, Tep-Krê e BadjonKore). A missão contou com dois profissionais que integram a Diretoria Técnico Social da Sempror, o Auxiliar administrativo, Edivânio Araújo e o técnico agrícola, Leandro Colasso. A visita às aldeias faz parte do cronograma de atividades já desenvolvido pela Sempror em cumprimento aos Princípios Norteadores do Município de Parauapebas, entre eles, a valorização dos cidadãos de Parauapebas independente de raça ou etnia.


Além de levar mais orientação e aumentar a segurança alimentar dos indígenas, a proposta do governo municipal visa oferecer a garantia de uma produção agrícola sustentável, minimizando os impactos ambientais, propondo para as aldeias plantarem e produzirem alimentos em áreas já utilizadas, o que evita o desiquilíbrio ambiental que possa prejudicar a cultura indígenas.

“Esse acompanhamento que fazemos nas aldeias, busca orientar a população indígena para o uso apenas de áreas mecanizadas, ou seja, aquelas que já se praticam o cultivo. Evitando assim a abertura de novas áreas e estimulando a recuperação das já utilizadas. Quanto menos áreas degradadas, mais chances de sobrevivências das etnias”, detalhou o servidor Edvânio Araújo.


A mecanização agrícola, assistência técnica e entrega de mudas fazem parte dos programas de investimento oferecido pela Prefeitura de Parauapebas às comunidades rurais, e um dos planos de ação de apoio está a Diretoria Técnico Social que tem o olhar voltado para os produtores que se encontram em situação de vulnerabilidade, também às comunidades de povos indígenas. “Seguimos para as aldeias com essa responsabilidade de preparar os indígenas sobre a conscientização do plantio ordenado e planejado, uma das ideias é levar até eles a cultura também do cacau, e assim elevar o potencial econômico da região”, explicou o técnico agrícola, Leandro Colasso. A expedição iniciou em 19 de junho e encerrou no último dia 25.