11 de nov. de 2022

Psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica analisa a relação entre as emoções e as escolhas alimentares

 Um estudo apresentado recentemente no British Science Festival avaliou o impacto da música nas escolhas alimentares e concluiu que quem ouvia canções que liberavam sentimentos de raiva e tristeza reduziu o consumo de doces e frituras. Thiago Marques Abelino, psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, avalia a relação entre as emoções e as escolhas alimentares.

“Comer está relacionado ao nosso instinto de sobrevivência. O ser humano tem em seu cérebro um centro das emoções, onde também funciona o sistema de recompensa. A alimentação sempre foi essencial para o ser humano, portanto, tem um grande valor instintivo e emocional. Gera prazer pelo seu valor intrínseco à sobrevivência humana. Diferentemente dos primórdios da humanidade, hoje em dia há uma certa facilidade e alta disponibilidade de alimentos. Então, não comemos necessariamente só pela questão da sobrevivência”, pondera. “Nossas emoções podem influenciar em nossos hábitos alimentares. Algumas pessoas utilizam a alimentação como uma forma de aliviar as próprias tensões. ‘Hoje foi um dia estressante, vamos pedir uma pizza’. ‘Estou me sentindo triste, mereço comer uma barra de chocolate’. Ao longo do tempo, estabelece-se esse comportamento disfuncional. E quanto mais ele é reforçado, mais difícil fica para o indivíduo fazer a reeducação”, acrescenta.

 

Ferramentas para superar hábitos nocivos

Conforme o psicólogo, comportamentos disfuncionais podem causar prejuízos ao funcionamento do indivíduo na saúde mental e física. “A psicoterapia pode ser útil na identificação de padrões comportamentais que sejam prejudiciais ao indivíduo e, a partir disso, possibilitar o desenvolvimento de hábitos mais saudáveis, como, por exemplo, quando triste, expressar essa emoção de uma forma saudável como pintar quadros ou tocar um instrumento, em vez de ter comportamentos nocivos para a saúde, como o uso de drogas”, pondera. “Durante a vida, vamos sentir todas as emoções, inclusive aquelas que não gostamos de sentir. É importante saber identificar o que estamos sentindo, o motivo de estarmos sentindo, e o que podemos fazer com o que sentimos”, acrescenta. Além do acompanhamento psicológico, Thiago recomenda a prática de atividades físicas e o desenvolvimento de hobbies.

O psicólogo reforça também o papel da rede de apoio do paciente. “A família deve entender o que realmente está acontecendo, receber as devidas orientações e, dentro da sua realidade, estar alinhada com o objetivo de ajudar a pessoa a recuperar a sua saúde, seguindo as orientações dos profissionais, participando na manutenção de comportamentos e hábitos saudáveis”, aconselha.

 

A compulsão alimentar

Conforme o psicólogo, a atenção deve ser intensificada em casos de suspeita de compulsão alimentar, por se tratar de um transtorno alimentar. “O quadro está relacionado a episódios periódicos de ingestão de quantidades significativas de alimento (maior do que a maioria dos indivíduos), acompanhada da sensação de perda de controle, culpa e vergonha. Esses episódios ocorrem em um período de tempo determinado (dentro de duas horas, por exemplo), e o indivíduo come mais rápido que o ‘normal’ até sentir desconfortavelmente cheio”, explica.

De acordo com Thiago, o surgimento do transtorno de compulsão alimentar pode estar relacionado com fatores estressores, como luto e problemas financeiros; com comorbidades psiquiátricas, como depressão e ansiedade; e baixa autoestima. O especialista orienta que o tratamento do quadro deve ocorrer com equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas e psicólogos, para estimular o desenvolvimento de uma relação saudável com a alimentação, com o peso e com o próprio corpo.

 

Dica de leitura do psicólogo

“Por que Como Tanto?”, de Adriano Segal e Alfredo Halpern. Editora Record, 144 páginas.

 

Sobre o Grupo Hapvida NotreDame Intermédica

Resultante da fusão entre Hapvida e a NotreDame Intermédica, em 2022,  formou-se o maior grupo de saúde e odontologia do Brasil. Os números superlativos do Grupo Hapvida NDI mostram o sucesso da operação que reúne cerca de 15 milhões de clientes, mais de 65 mil colaboradores, 7 mil leitos de atendimento hospitalar e 18% de participação de mercado em planos de saúde. Presente nas cinco regiões do País, a rede própria de atendimento conta com 85 hospitais, 77 Prontos Atendimentos, 318 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial. Dessa fusão, apoiada em inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

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