26 de fev. de 2016

Desempregados protestam no SINE de Parauapebas











A falta de emprego em Parauapebas vem se agigantando e o desespero tomando conta da população que espera há meses uma contratação, muitos deles até abrem mão de trabalhar em uma área específica me que são qualificados e aceitam qualquer emprego mesmo com salário inferior.
A esperança da população desempregada é o SINE (Sistema Nacional de Emprego) onde, de acordo com o diretor da unidade do SINE em Parauapebas, João Batista Viana Heverton, estão disponibilizadas as vagas e visivelmente afixadas e postadas no portal da instituição.  “Sou também secretário da comissão de emprego, e posso garantir que estamos viabilizando uma reunião com diversas empresas, poder judiciário e diversas autoridades para que haja um consenso nas contratações, para que contratem pessoas que moram aqui”, disse Batista, detalhando que os alojamentos de empresas é uma prova de que os trabalhadores estão cindo de outros Municípios.
Mas de acordo com vários desempregados esta não é a realidade vista, pois enquanto no SINE não encontra vagas várias empresas têm contratado por critério próprio; e depois de tanto tentar, inutilmente, uma vaga a população decidiu se manifestar; e na manhã de ontem, sexta-feira, 26, atearam fogo em pneus e madeira para chamar a atenção de quem seja dever resolver o problema.
Justino Neto conta que está desempregado há 18 meses. Ele diz que a revolta é contra as empresas que chegam ao Município e não contratam pessoas que aqui moram. “Nossos representantes parecem não fazer nenhum esforço para que os cadastrados no SINE sejam contratados. Porém as empresas estão fichando ‘por baixo do pano’ pessoas de outros municípios e Estados”, desabafa o desempregado.  
A polícia militar interveio e por pouco houve confronto com os manifestantes, porém tudo terminou de forma pacífica; ficando acertado outra grande manifestação dos desempregados para quarta-feira, 3, as 9h, com concentração na Praça de Eventos, de onde sairá encaminhamentos podendo, inclusive, se decidir fechar a portaria da FLONACA (Floresta Nacional de Carajás), acesso à mina de Carajás, explorada pela Vale.
Apoio do MST – Charles Trocate, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) esteve presente na manifestação e explicou que apoia o movimento. Ele falou que de fato o país atravessa uma grande crise econômica. “Isso recai sobre os trabalhadores tirando seus direitos das mais variadas formas: perda de direitos trabalhistas, de oportunidade de trabalho e sobretudo gera muito desemprego”, explicou Trocate, detalhando ser preciso encontrar uma alternativa organizada ou se ofereça emprego para estes trabalhadores tende a virar um caos.
Como solução o líder do MST dá com opção chamar os responsáveis pela crise, desde o grande capital que se instalou aqui através de suas empresas, em especial a Vale e suas derivadas, além das administrações municipais da região e consequentemente os donos deste modelo econômico.

  

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