15 de mai. de 2012

Artigo - Tapa de luvas


Tapa de luvas
|||Por Francesco Costa |||
Evitando entrevistas, talvez dado ao descontentamento, Ribita entrou mantendo seu ar discreto, porém nada amistoso. O ex prefeito deixou do lado de fora uma grande platéia que apostava na fragmentação da legenda, haja vista que esta rachada já estava.
Notou-se a ausência do “senhor das alianças e mandatos” o já conhecidíssimo, - e em várias situações, entre elas a maioria não tão dignas de elogios-, senador Jader Barbalho, mas em seu lugar veio o “senhorzinho” Elder Barbalho que, talvez, herde a liderança do pai. 
Porém na hora do anunciado discurso de Ribita o, retro citado, filho de Jader “quebrou o protocolo” e, só pra garantir, anunciou o acordo feito com o anunciado. Percebeu-se ali que Ribita não havia dado uma canetada no acordo, mas assinara com lápis e naquele momento bem poderia desconsiderar.
Fez um silêncio no “Céu de Jeová” e percebia-se uma fúria contida no “Inferno de Ribita”. O ex prefeito começou um discurso com uma tranquilidade nada convincente e os mais entendidos do sistema político, sabiam que há qualquer momento o “doce poderia talhar ou o sabão desandar”. Mas nada disto, aparentemente, ocorreu sendo apenas sentido por todos um suave “tapa de luvas”.
Para Jeová, certamente, aquelas palavras tiveram outro efeito e uma linguagem que só ele podia interpretar e em frequencia captáveis apenas para seu rádio que, em fim, sintonizou. Enquanto Ribita discursava Jeová travou, ficou inerte, cabisbaixo como se leva uma bronca e só balança a cabeça. O ex prefeito fez retrospecto afirmando assim que já esteve lá e a insalubridade da missão requer experiência, principalmente por se tratar da administração de um município que cresce a passos largos.
O ex prefeito, pôs em seu discurso a linguagem de pré candidato falando de um possível plano de governo. E isto não foi à toa, mas um recado mandado a Jader Barbalho de que a vontade do diretório municipal do partido pode não ter sido das mais inteligentes.       
Apesar dos três anos sem fazer um pronunciamento, alegação feita pelo próprio Ribita, não percebido nenhum embaraço; porém faltou em sua fala o compromisso de apoiar Jeová. “Sou partidário. Ribita voltou, e voltou para somar”, foi apenas o deixado nas entrelinhas.
Na minha opinião, esta pendenga não ficou assim tão resolvida; e o I Encontro Municipal do PMDB poderá servir apenas para mudar a opinião da direção estadual da legenda e aí sim o “doce do Jeová poderá talhar ou o seu  sabão desandar”.


    

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