Tapa de luvas
|||Por
Francesco Costa |||
Evitando entrevistas, talvez dado ao descontentamento, Ribita
entrou mantendo seu ar discreto, porém nada amistoso. O ex prefeito deixou do
lado de fora uma grande platéia que apostava na fragmentação da legenda, haja
vista que esta rachada já estava.
Notou-se a ausência do “senhor das alianças e mandatos” o já conhecidíssimo,
- e em várias situações, entre elas a maioria não tão dignas de elogios-,
senador Jader Barbalho, mas em seu lugar veio o “senhorzinho” Elder Barbalho que,
talvez, herde a liderança do pai.
Porém na hora do anunciado discurso de Ribita o, retro
citado, filho de Jader “quebrou o protocolo” e, só pra garantir, anunciou o
acordo feito com o anunciado. Percebeu-se ali que Ribita não havia dado uma
canetada no acordo, mas assinara com lápis e naquele momento bem poderia desconsiderar.
Fez um silêncio no “Céu de Jeová” e percebia-se uma fúria
contida no “Inferno de Ribita”. O ex prefeito começou um discurso com uma
tranquilidade nada convincente e os mais entendidos do sistema político, sabiam
que há qualquer momento o “doce poderia talhar ou o sabão desandar”. Mas nada
disto, aparentemente, ocorreu sendo apenas sentido por todos um suave “tapa de
luvas”.
Para Jeová, certamente, aquelas palavras tiveram outro efeito
e uma linguagem que só ele podia interpretar e em frequencia captáveis apenas
para seu rádio que, em fim, sintonizou. Enquanto Ribita discursava Jeová
travou, ficou inerte, cabisbaixo como se leva uma bronca e só balança a cabeça.
O ex prefeito fez retrospecto afirmando assim que já esteve lá e a
insalubridade da missão requer experiência, principalmente por se tratar da administração
de um município que cresce a passos largos.
O ex prefeito, pôs em seu discurso a linguagem de pré
candidato falando de um possível plano de governo. E isto não foi à toa, mas um
recado mandado a Jader Barbalho de que a vontade do diretório municipal do
partido pode não ter sido das mais inteligentes.
Apesar dos três anos sem fazer um pronunciamento, alegação
feita pelo próprio Ribita, não percebido nenhum embaraço; porém faltou em sua
fala o compromisso de apoiar Jeová. “Sou partidário. Ribita voltou, e voltou
para somar”, foi apenas o deixado nas entrelinhas.
Na minha opinião, esta pendenga não ficou assim tão
resolvida; e o I Encontro Municipal do PMDB poderá servir apenas para mudar a
opinião da direção estadual da legenda e aí sim o “doce do Jeová poderá talhar
ou o seu sabão desandar”.
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