15 de jul. de 2011

Movimento Terra Para a Paz




Ocupada pacificamente há cerca de 1 ano, a fazenda Marajaí abriga o acampamento Terra Para a Paz. A área tem cerca de 12.776 hectares e de acordo com o coordenador da associação Terra Para a Paz, Raimundo Correia Lima, o popular Sergipano, o objetivo da entidade é conquistar terra para as cerca de 600 famílias acampadas no local. Os barracos foram levantados em uma área de cinco alqueires cedidos por liminar judicial onde os acampados cultivam pequenas lavouras.
     O INCRA declarou a terra como improdutiva e deverá ser usada no processo de Reforma Agrária. A proposta inicial seria que a terra fosse paga pelos colonos ao longo de 20 anos fazendo parte do projeto “Minha Primeira Terra”.
     Os acampados ganharam o reforço de novos aliados que visitou o acampamento no último domingo, 03. Os visitantes, Osni da Visatec, empresário, Marcos Tavares, advogado e Hermes Araújo, vice residente da Associação de Garimpeiros participaram de reunião no acampamento e se posicionaram favorável aos militantes da reforma agrária.
     “Venho da reforma agrária e de vários outros movimento sociais. Sei o que é morar em barracos como este, pois já o fiz durante quatro anos em embates e lutas por causas semelhantes”, disse Hermes Araújo ao usar a palavra na reunião. Entre as sugestões dadas por Hermes ele recomendou que os acampados honrem e respeitem seus lideres e cuidem bem das crianças que vivem em ambiente insalubre.
     O advogado Marco Taveira fez um pronunciamento breve e emocionado e disse se sentir presenteado por poder estar naquele local vendo a realidade de pessoa que lutam pelo mesmo ideal. “Há poucas pessoas com tanta terra e muitas sem terra alguma”, quantificou o advogado e comparou: “Deveria existir um aparelho para medir felicidade para que vocês pudessem ver o grau da minha por estar aqui com vocês. Ver esta realidade me revigora e me da esperança para um futuro melhor.” Segundo Marco Taveira o que sempre o incomodou foi ver a pobreza de muitas pessoas diante de tanta riqueza vista neste país.
     Osni da Visatec foi claro ao dizer que não foi visitar o acampamento Terra Para a Paz visando interesse próprio, mas sim para conhecer a realidade do local e descobrir em que e quando poderia ajudar na luta encampada. “Já percebi que a luta de vocês está um tanto anônima, por isto já trouxe comigo um jornalista para fazer uma matéria divulgando e esclarecendo para a população a luta de vocês; e vou detalhar para meus amigos de como vocês vivem aqui e qual o vosso anseio”, explicou Osni.
     O empresário ouviu dos coordenadores do acampamento que as principais necessidades do local são educação, saúde e energia elétrica. Problemas que segundo os coordenadores já foram levados ao conhecimento do governo do município de Canaã dos Carajás e até o momento não haviam obtido nenhuma resposta.
     Para Osni os acampados naquele local não estão fazendo nada de errado e sim apenas lutando por um direito legal. “O Brasil tem tanta terra que se doar um alqueire para cada pessoa faltaria pessoas para ocupá-las”, disse Osni.    
     Outros grandes aliados da Associação é o ex-senador José Neri, PSOL, que teve seu trabalho continuado pela senadora Marinor Brito. Ela vem dando prosseguimento no processo iniciado pelo senador.

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