4 de jul. de 2011

Inaugurada nova agencia do BB em Parauapebas

Atenção senhores leitores, não é piada.
Aconteceu comigo.
Por Francesco Costa


    Escrevi uma matéria linda e elogiosa sobre a inauguração de uma agencia do Banco do Brasil na Rua JK, Bairro Rio Verde. Matéria que você conferir nesta mesma página.
     Após terminar o texto rumei para fotografar a agencia com cuja foto pretendia ilustrar a matéria.
     Estacionei próximo ao local e após me posicionar em um ângulo perfeito de onde enquadrava todo o prédio tinha como desafio driblar o intenso trânsito e conseguir uma foto como meu texto merece.
     Entre uma foto e outra fui questionado por um homem de estatura média que me perguntou por que eu fotografava o prédio; sem parar com meu afazer respondi a ele que escrevo para alguns jornais e aquelas fotos eram para ilustrar uma matéria sobre a inauguração da agencia em questão.
     Ele me pediu para que me identificasse, pois do contraio chamaria a polícia. Diante de tão absurda  interpelação continuei meu trabalho e até achei engraçado, pois entendi que tamanha babazeira não poderia vir de alguém instruído ou detentor de alguma autoridade.
     O indivíduo insistiu que me identificasse e sugeriu que iria chamar... (sabe quem? Pasmem!)...a Polícia Federal!!! Rsrsrsrsr.
     Sério. Isto, apesar de parecer, não é uma piada.
     O Cascata, aquele que trabalha com compra e venda de carros usados, e é amigo do vereador Antonio Massud, presenciou todo o entrevero.
     Continuei não acreditando e achei que fosse até algum amigo brincalhão do Cascata ou alguém que me conhecia, dado a exposição que sofro por força da profissão, ou  um maluco qualquer querendo se entrosar.
     Como as fotos que precisava já bastavam puxei conversa com o Cascata que estacionara a moto para por a prosa em dia e ignorei a presença do elemento; mas me sentindo incomodado com sua permanência ali ao nosso lado tentei ser educado.
     “Brincadeira a parte o senhor é quem mesmo?”, perguntei ao cidadão.
     Ele insistiu em que me identificasse. E disse não estar brincando e com o celular na mão afirmou que estava ligando para a polícia. Como eu sabia não estar fazendo nada errado não me preocupei, mas por precisar voltar para a redação me despedi do Cascata e caminhei em direção ao local que havia estacionado a moto quando ouvi dele: “Você não vai se identificar, vou fazer um retrato falado seu para a policia ti encontrar”.
     Aí foi a gota, girei em sua direção retirei o capacete e para poupar seu trabalho em descrever minha cara para um desenhista disse que ele poderia me fotografar, mas o esclareci que era muito fácil ele encontrar fotos minhas em revistas e jornais. Ele não hesitou e me fotografou com o mesmo celular que dizia ligar para a polícia.
     “Até então você para mim é um mero transeunte que não me mostrou distintivo de polícia nem crachá de qualquer outra coisa.” Disse ao homem enquanto me fotografava.
     Realizado o sonho do indivíduo deixei o local, enquanto ouvia o Cascata explicando a ele quem eu era da imprensa. Aí dali impressionado com a ação da tal pessoa, mas nos meus 21 anos a serviço do jornalismo, período em que tanta coisa testemunhei, tratei de procurar ocupação para meus pensamentos. 
     Minutos depois liguei para o presidente de nossa entidade, AICOP, e ao descrever o indivíduo ouvi que ele era o gerente da tal agencia.   
     Aí foi que danou-se mesmo. Fiquei ainda mais impressionado com a ação.
     E fico agora imaginando como será o comportamento deste gerente que vai se deparar com a constante presença de repórteres fotografando a agencia e registrando as inevitáveis reclamações de clientes.
    Ah, uma sugestão ao gerente: escreva em letras grandes na fachada do prédio que é proibido fotografar; só não esqueça de citar a lei que legisla sobre tal proibição, viu!


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