A rodovia é palco de assaltos e acidentes fatais
São 250 quilômetros de rodovia que liga Eldorado do
Carajás ao município de Redenção, sudeste do Pará, por onde caminhoneiros fazem
de tudo para conseguir viajar sem ficar com o carro quebrado pelo caminho. São
buracos e mais buracos que tomam conta da BR 155. A situação de abandono já
dura há pelo menos quatro anos e quem precisa da rodovia recuperada reclama da
situação.
Distribuído em 147 municípios, o Pará mesmo sendo
um dos estados mais ricos do País, respira a decadência da má conservação das
suas principais rodovias que cortam o estado de ponta a ponta. Enquanto a
situação só piora, os condutores fazem ziguezague pelo caminho e depois do
sufoco vem o desabafo contando que pelo menos 140 quilômetros da BR -155 estão
destruídos e neste trecho carretas, caminhões, caçambas e ônibus atravessam no
meio do que restou da pista, para conseguir chegar ao destino esperado.
No mês passado, outubro, 16 caminhoneiros foram
assaltados e uma caminhonete foi levada pelos criminosos há cerca de 40
quilômetros de Redenção. A polícia Rodoviária Estadual evita fazer rondas ao
longo da rodovia porque uma das viaturas está quebrada por causa dos buracos.
Pontes comprometida há vários anos, cabeceira não oferece segurança, a placa de
sinalização praticamente invisível e o corrimão coberto pelo mato que cresce
rapidamente.
Segundo o DENATRAN - Departamento Nacional de
Transito-, em média 55 pessoas morrem por dia nas estradas do Brasil. A maioria
dos acidentes fatais ocorre em rodovias como essa na região norte do País. Uma mistura
de abandono público com a imprudência que acabam vitimando milhares de
vidas. De janeiro até setembro desse ano, pelo menos 150 mil pessoas já
morreram acidentas no Brasil. A situação da malha rodoviária do país é
preocupante. Segundo a Confederação Nacional dos Transportes, o Governo Federal
precisa investir cerca de R$ 32 bilhões
para recuperar todas as rodovias do país que estão em más condições de
trafegabilidade. (Reportagem: Antonio Marcos)
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