Várias ocupações estão ocorrendo
nos últimos dias em Parauapebas e em todas elas tem se notado a participação da
Semurb – Secretaria Municipal de Urbanismo-, que de forma pacífica dispõe de trabalhadores
para realizar a remoção dos moradores com seus móveis em caminhões que os leva
até sua nova moradia onde ficam, na maioria dos casos, beneficiados pelo
aluguel social; um benefício aprovado já neste governo para amparar famílias
inscritas em projetos habitacionais e que são retiradas de ocupações ou áreas
de risco.
A última ação da qual participou
a Semurb foi a desocupação do “Morro da Castanha”, quando em duas etapas foram
removidos todos os moradores para o aluguel social.
Gente como Paulo Cesar que conta
morar em Parauapebas há pelo menos 15 anos, período em que diz não ter
conseguido adquirir uma casa própria. Ele alega os altos preços de terrenos e o
custo de vida não compatível com o salário que recebe como ajudante de
pedreiro.
Paulo conta ter ficado 14 meses
morando no Morro da Castanha, sempre na expectativa de ser encaixado no
programa habitacional do município. “Eu não estava aqui para resistir, pois sei
que esta área não é minha, mas apenas para ser notado na estatística e sensibilizar
o governo”, disse Paulo Cesar.
Manoel Maria veio de Capanema com
três filhos e a esposa, e ficaram apenas 60 dias no local e se preparava para
fazer o acabamento em seu barraco quando a remoção chegou. Ele diz morar em
Parauapebas há apenas 1 ano e sua renda não lhe dá a mínima chance de adquirir
um terreno para construir uma casa. Como não está cadastrado no projeto
habitacional do município não pode gozar do beneficio do aluguel social.
Jonas de Lima Almeida, 62 anos,
trabalhador braçal, admite nunca ter possuído uma casa própria e agora
cadastrado no programa habitacional do governo vislumbra ter uma moradia. Ele
foi removido do Morro da Castanha para o aluguel social e se diz seguro que
agora conseguirá sua casa.
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