6 de nov. de 2013

Grupo Reaprendendo a Viver resgata autoestima de mulheres em vulnerabilidade social


Os projetos do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Rio Verde envolvem e beneficiam a população atendida. O “Grupo de Mulheres Reaprendendo a Viver” é um exemplo disso. O projeto faz parte do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e tem como principal objetivo trabalhar a autoestima de mulheres em situação de vulnerabilidade social. 
Coordenado pela psicóloga Leidiane Pinheiro e pela assistente social Mônica Vasconcelos, o grupo atende a cerca de 80 mulheres, uma vez por semana. A dinâmica é desenvolver, por meio dos encontros, o conhecimento e as relações de convivência; proporcionar palestras e orientações às mulheres, visando à organização familiar e possibilitando a troca de experiências; e trabalhar de diversas formas a elevação da autoestima. 
Atividades - Como parte das atividades do grupo para desenvolver a autoestima, a equipe do Cras realizou uma ação nesta quinta-feira (31), oferecendo serviços de beleza, como corte de cabelo, limpeza de pele, manicure, pedicure, design de sobrancelha e maquiagem. Duas mulheres foram sorteadas e ganharam um dia de beleza completo. Cerca de 30 mulheres foram beneficiadas. 
Elas também participam de outras atividades e são encaminhadas para os cursos de capacitação oferecidos pela rede Assistência Social. Antônia Lopes, 38 anos, participa do grupo de mulheres há oito meses e conta que já mudou sua forma de agir e olhar a vida.
“Quando cheguei ao grupo, eu estava depressiva, mas consegui passar essa fase e hoje percebo que melhorei muito, aprendi muita coisa. Nunca tinha usado um computador, e aqui tive a oportunidade de fazer um curso básico de informática. Agora, quero fazer de corte e costura, para poder trabalhar”, revelou a dona de casa, que aproveitou a ação para acertar as sobrancelhas e fazer as unhas. 
A mudança também chegou à vida da dona de casa Aldaires Freitas, que estava vivendo um período conturbado com uma depressão durante a gravidez. Ela contou que a experiência do grupo devolveu sua autoestima. 
“Sou uma pessoa melhor com meu marido, meus filhos e gosto mais de mim. No grupo, compartilhamos nossos problemas e temos outras oportunidades, como hoje nesse dia de beleza. Muito boa essa idéia, pois eu não teria dinheiro para fazer as unhas, cortar o cabelo e acertar as sobrancelhas”, relatou Aldaires, de 31 anos. 









Resultados positivos - Para Mônica Vasconcelos, uma das coordenadoras do grupo, já é possível perceber resultados positivos na vida das participantes. “Há uma interação muito interessante. À medida que o grupo avançou, elas já adquiriram esse sentimento de pertencimento. Já percebemos a mudança de comportamento e a questão da valorização. Nas falas, é possível perceber a mudança enquanto uma mulher que tem valor e pode buscar tudo aquilo que tem vontade de ter”, explicou a assistente social.
Além do grupo de mulheres, o Cras Rio Verde também desenvolve atividades com grávidas. E ainda com 225 idosos, que participam de palestras, roda de conversas e aulas de danças.



 Mônica Vasconcelos, uma das coordenadoras do grupo

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