23 de out. de 2011

Parauapebas poderá ter epidemia de dengue



O aumento de casos é alarmante 
e número de agentes insuficiente

Ações nas escolas e palestras para a comunidade não tem sido, segundo a coordenadora da vigilância ambiental em Parauapebas, Núbia Lima suficiente para reduzir as ocorrências de casos de dengue no município. Ela explica que o acelerado crescimento do município atrelado à insensibilidade da população tem sido os principais fomentadores do problema.
O número de agentes, 58, não é suficiente para a população que, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é de pouco mais de 150 mil. “Dividimos nosso trabalho em ciclos de dois meses e neste período notamos um acréscimo de seis mil habitantes e hoje nossa população já chega a 218 mil, distribuídos em 57 bairros e ocupações”, mensura Núbia, explicando que cada agente é responsável por visitar mil imóveis.
O déficit é grande, 35 agentes, levando em conta que Parauapebas tem 93.496 imóveis seriam necessários pelo menos 93 agentes; problema que deverá ser corrigido em dezembro com a contração de mais agentes para cobrir os demais imóveis.
A coordenadora dá conta de há 20 anos não era registrada a incidência do tipo 1 da dengue no município e recentemente foi dada a entrada de pessoas no Hospital Teófilo Soares com os tipos 1 e 2. De acordo com balanço feito no dia 30 de setembro foram notificados 1.010 casos de dengue em Parauapebas, destes 953 foram confirmados; um deles com complicação e uma morte com suspeitas da doença, mas não foi possível confirmar pela rapidez que a pessoa veio a óbito.
Números considerados altos, segundo a coordenadora, levando em conta que em 2009 houve 253 notificações com apenas um caso complicado. “As notificações não correspondem aos números exatos de casos de dengue no município, pois há muitas pessoas que nem chegam a procurar ajuda medica se automedicando. Há inda outros que não são registrados por médicos ou enfermeiros que de acordo com os sintomas aparentes identificam como dengue e apenas receitam medicação. Casos como estes não viram estatística, o que significa prejuízo para a saúde pública”, diz Núbia, mensurando que este número de notificações pode ser multiplicado por 10. Outra preocupação da coordenadora é que o tipo 4 da doença chegue a Parauapebas, pois recentemente em Belo Horizonte e Belém, principais portas de entrada no município, foram registrados casos destes tipos.
“Se a população não tiver a sensibilidade de cuidar de suas casas e quintais poderão ter uma epidemia de dengue com um saldo de muitas mortes. A dengue não escolhe idade nem classe social”, alerta Núbia Lima.
    
   
 O mapa da dengue, assusta

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