Vamos explicar:
Intersexualidade é um termo utilizado para designar
pessoas nascidas com genitália e/ou características sexuais secundárias
que fogem dos padrões socialmente determinados para os sexos masculino
ou feminino, tendo parcial ou completamente desenvolvidos ambos os
órgãos sexuais, ou um predominando sobre o outro,suas gônadas,sao
geralmente o ovotestis. No entanto, a ambiguidade física
das pessoas intersexo pode não se ficar pelo aspecto visual dos
genitais. Pode incluir outras características do dimorfismo sexual como
aspecto da face, voz, membros e forma de outras partes do corpo e também
presença de caracteres a mais como terceiro e quarto mamilo. Bem como
comportamento.
Um em cada cem nascimentos acontece com
heterogeneidade na diferenciação sexual, e num em cada 2.000 nascimentos
essa heterogeneidade é tal que levanta dúvidas sobre o gênero da
criança.
A heterogeneidade a que nos referimos diz respeito ao facto
de não existir, numa mesma pessoa/bebé, uma alinhamento de todas as
características sexuais por um só género, ou seja, não são todas
tradicionalmente femininas, nem são todas tradicionalmente masculinas.
Que características sexuais são essas? Cariótipo: organização dos
cromossomas sexuais; diferença gonádica (ex: ovários, testículos);
morfologia genital (ex: lábios, clítoris, pénis; configuração dos órgãos
reprodutores internos; características sexuais pubertárias. Hoje em dia
sabe-se que lá por se observar uma dessas características não quer
dizer que encontremos nessa pessoa todas as outras.
Na
medicina, há a diferenciação entre intersexual falso e verdadeiro. A
verdadeira intersexualidade (que é uma condição muito rara) é quando os
dois órgãos sexuais são igualmente bem desenvolvidos, produzindo
hormônios sexuais masculinos e femininos. Já na falsa intersexualidade,
um dos órgãos tem maior grau de desenvolvimento sobre o outro, sendo
predominante. Estas classificações, no entanto, correspondem a uma
definição muito restrita e simplesmente estética da intersexualidade.
Intersexualidade, enquanto transgeneridade, é uma condição sexual e não
uma orientação sexual. Portanto, as pessoas que se autodenominam
intersexuais podem se identificar como homossexuais, heterossexuais,
bissexuais ou assexuais. Enquanto condição de nascença pode ser mantida
ou alterada. Cada vez mais pessoas e famílias optam por manter essa
condição e não se submeterem aos padrões binários rígidos da sociedade.
No entanto, esta afirmação da condição intersexual como mais uma
condição sexual normal na nossa sociedade encontra ainda a oposição,
nomeadamente de muitos médicos, que tentam convencer as famílias da
necessidade de operarem os seus bebés intersexo, sem lhes fornecerem
informação completa sobre as vidas intersexuais hoje. O tratamento
requer a escolha do indivíduo intersexual se ele adotara o sexo
masculino ou feminino. A palavra intersexual é preferível ao termo
hermafrodita, já bastante estigmatizado, precisamente porque
hermafrodita abarcava apenas a questão dos genitais visíveis. Os
intersexuais são tidos como transgéneros.
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