Em um estado em que o crack se alastra entre pessoas de
todas as idades, classes sociais e categorias profissionais – como ficou
evidenciado na semana passada, com a prisão de um major da Polícia Militar
consumindo a droga –, os casos de dependência de entorpecentes predominam com
ampla margem nas internações psiquiátricas por ordem judicial. A cada dois
dias, um usuário de crack e outras drogas dá entrada em hospitais de Minas por
determinação da Justiça. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 210 pessoas
com transtornos mentais foram internadas compulsoriamente no estado desde julho
de 2011, média de 19 por mês. Desses pacientes, 79% são dependentes químicos,
especialmente da pedra, o que representa média de 15 casos por mês.
Hoje, há 80 usuários internados no estado, enquanto 130
encontram-se em atenção ambulatorial ou sem demanda de tratamento. Nas unidades
públicas e particulares de Minas Gerais que atendem pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), segundo Paulo Roberto, são mil vagas para pacientes de longa
permanência, remanescentes de manicômios, e 1.350 leitos agudos.
Na capital, desde o ano passado seis casos de internação de
dependentes foram decididos na Justiça, a maioria, cinco, apenas neste ano.
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