85 casos de HIV/AIDS
diagnosticados este ano em Parauapebas com 12 óbitos, um quadro preocupante que
mostra o crescimento da incidência da doença no município.
Nos últimos oito anos, 542 casos
da doença foram confirmados, 72 pessoas morreram vítimas da AIDS em Parauapebas.
O Vírus HIV tem contaminado pessoas em todas as faixas de idades e classes
sociais, tendo até crianças e idosos como alvos.
As mulheres são maioria na faixa
abaixo dos 35 anos; já dos 36 aos 40 anos, há um empate entre os gêneros, mas
os homens lideram o ranking da contaminação dos 41 aos 55 anos, sendo
ultrapassado dos 56 aos 60; a partir de então os gêneros retomam o empate.
“Eu não diria que está estabilizado, pois a
epidemia tem crescido no município. Temos uma baixa faixa de teste, e isto é
preocupante, pois, passamos o ano de 2011 sem funcionamento por que a unidade
do CTA estava em reforma e construção”, avalia Alan Webert, coordenador do CTA
(centro de Testagem e Aconselhamento); ele explica ainda que o número é
preocupante e está em ascensão.
Alan diz que o enfrentamento de
HIV/AIDS depende de uma política de governo, dando acesso à população para a
realização do teste desde a sífilis a hepatite viral, que são doenças que
transmite através de relações. Ele admite ser preciso ampliar a oferta que, em
sua opinião, é baixa. “Mas mesmo assim o número da AIDS não diminuiu; e este
crescimento não foi notado apenas em Parauapebas, mas em todo o Estado. Tendo
hoje em destaque com grande epidemia Paragominas e Altamira, por que são áreas
onde estão tendo grande crescimento demográfico”, mensura Alan Webert.
Enfrentamento da doença – Na projeção do coordenador do CTA, Alan
Webert, o modelo ideal para promover o enfrentamento da doença é a implantação
de laboratório com capacidade de fazer análise destes materiais. No CTA de
Parauapebas, segundo informações repassadas pelo coordenador da unidade, só
existe um laboratório montado para todas as patologias, oferecendo apenas o
teste rápido de HIV, faltando testes da Sífilis e Hepatite B.
Parauapebas faz parte de uma
política de incentivo que é um recurso de R$ 75 mil, mais R$ 14 mil de contra
partida que dá R$ 89 mil por ano, o papel deste dinheiro é incentivar e
fortalecer algumas políticas próprias do governo para que os municípios fação
uma zona de prevenção ou campanhas. “Este recurso, infelizmente, está parado
pela dificuldade de execução. No inicio do deste ano, 2012, havia um saldo de
R$ 215 mil reais. Se o município recebe R$ 89 mil por ano como é que tem 215 mi
na conta?”, questiona Alan, explicando que o recurso, mesmo disponível, não foi
usado por que teve pouco impacto na política de HI/AIDS.
Estrutura de atendimento - O prédio do CTA sofreu reforma de 2010 a
2011, e foi entregue em 2012, mas na opinião de Alan Webert o espaço é pequeno
para uma demanda de 249 usuários atendidos, segundo ele, de maneira
satisfatória. “O que está faltando é a área de recursos humanos; hoje a gente
tem um infectologista especialista atendendo uma vez por mês, é uma
profissional que vem de fora para atender cerca de 100 pacientes, isso é
preocupante para gente. Deveríamos ter este profissional com maior frequência,
ou contratado definitivamente”, anseia Alan, contando da nescessidade de um
corpo clínico presente.
O CTA tem médicos nas segundas e
na quintas-feiras, que são profissionais de ginecologia e de clinica geral que
serve para fazer um diagnóstico na área das doenças sexualmente transmissível;
mas aqui o de infectologia só uma vez
por mês. O que, na avaliação de Alan Webert, deixa a equipe sobrecarregada e a
demanda reprimida.
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