O presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, abriu no início da tarde
desta segunda-feira a 45ª sessão de julgamento do processo do mensalão. Os
ministros retomam a análise do processo com a conclusão das penas a serem
impostas ao núcleo publicitário. Faltam fixar as punições a Rogério Tolentino,
ex-advogado das empresas de Marcos Valério, pela acusação de lavagem de
dinheiro e Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira das agências do grupo,
por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Na última sessão,
na última quinta-feira (8), três ministros deixaram a sessão do STF mais cedo
porque tinham de seguir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde também
julgam processos. Foram fixadas, até agora,as penas de Marcos Valério e dos
ex-sócios dele Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. Se somadas, elas chegariam a
105 anos de prisão. No entanto, os ministros ainda podem decidir pela redução
de penas impostas, caso reconheçam que alguns dos crimes foram praticados em
continuidade. Nesse caso, em vez de somadas, aplica-se somente a pena mais alta
com um agravante.
Esta semana será a
última de Ayres Britto na presidência da Corte. Ele se aposenta
compulsoriamente no dia 18, quando completará 70 anos. O ministro terá somente
as sessões desta segunda-feira e da próxima quarta-feira (14) para participar
do julgamento. Diante do ritmo lento, ele não terá tempo hábil analisar a
dosimetria da pena dos condenados. A Corte só fixou a pena completa de três dos
25 réus considerados culpados.
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