17 de ago. de 2011

PRIS busca novos convênios


 - PRIS – 
busca recursos para aumentar sua estrutura
A instalação de uma fábrica deve ser o próximo passo na expansão do projeto

     Criado em setembro de 2004, o PRIS - Projeto de Resgate e Inclusão Social, Gerenciado pela APEP – Associação de Pastores Evangélicos de Parauapebas, vem contabilizando muitas conquistas no resgate e inclusão social da população em situação de rua e dependência química etílica e outras drogas. O PRIS, tem contado com uma significativa parceria com a Prefeitura Municipal de Parauapebas (SEMAS/SEMSA), com recursos para viabilizar sua operacionalidade e desde 2007, já internou mais de quinhentos usuários.
 A horta garante parte da alimentação dos internos e propicia a terapia ocupacional
     O agravante do problema se dá, segundo o Presidente da APEP, Pr. Josiel Pereira de Sá, pelo constante crescimento populacional, migração intensa devido a atual economia de fronteira, (extração mineral). “Junto com a migração chegam constantemente pessoas com pouca ou nenhuma qualificação de mão de obra, consequentemente não absorvida em nosso mercado de trabalho, e ao ficarem descartadas, a maioria delas terminam por enveredar-se no consumo excessivo de álcool e outras drogas, principalmente o Crack. Vindo a somar os bolsões de miséria e marginalização social, até o nível vulnerável de morador em situação de rua”, avalia o Pr. Josiel Pereira, dando conta de que atualmente na Chácara do PRIS, local onde é oferecido o tratamento, convivem uma média de vinte e dois internos e até quinze em regime de externato, na modalidade de reinserção ao mercado de trabalho ou adaptação ao seio familiar.  Número que, segundo Josiel, deverá dobrar, após uma ampliação da estrutura e busca de novos recursos.
 O número de internos deverá dobrar
     “A fase agora é a busca de novas parcerias e de projetos que visem a auto sustentabilidade, o que entendemos ser possível pelo trabalho que já desenvolvemos nesses seis anos de atuação; período em que conseguimos grande êxito resgatando vidas, e que foram reinseridas no mercado trabalho, na vida social e familiar, e ainda outros que retornaram às suas cidades de origem juntando-se outra vez aos seus familiares”, afirma o Pr.Josiel. 
     Projeto - Este ano, 2011, o PRIS vislumbra a possibilidade de um crescimento estrutural. E está para isto pleiteando a posse de recursos que serão buscados através de parcerias a nível federal, iniciativas públicas e privadas cujo objetivo é ampliar as estruturas para assim abrigar uma quantidade maior de dependentes químicos.
 A instalação da fábrica garantirá a sustentabilidade do projeto
     O PRIS está procurando por novos recursos e alternativas para ajudar na amenização desse problema no município de Parauapebas e um dos objetivos, conforme relatos do Pr. Josiel, é instalar uma Fábrica de Tijolos Ecológicos, o que além de ajudar na sustentabilidade do projeto será uma alternativa de terapia ocupacional para os internos em tratamento; ele detalha ainda que na industrialização do produto não haverá queima de madeiras e a matéria prima será entulhos e materiais descartados de construções que só serviria para promover a poluição.
     De acordo com o projeto a fábrica tem ainda outro objetivo, reter uma parcela da mão de obra dos assistidos em fase de recuperação que poderão ganhar uma ajuda de custos em dinheiro para recomeçar suas vidas, já que no período em que ficou em situação de rua perdeu, além da credibilidade, todo o patrimônio e saúde. “Este ganho poderá ser transformado em poupança que será disponível ao interno no ato do seu reingresso à vida profissional e social”, planeja o Pr. Josiel.
     Em termos sociais a fábrica representa para o PRIS uma condição estrutural maior e melhor para trabalhar o problema das pessoas em situação de rua. O custo por pessoa é significativo levando em conta de que nada é cobrado dos internos. Atualmente, para os Assistidos que tenham familiares, é pedido uma contribuição em cestas básicas.
     O Pr. Josiel conta que a construção civil está, em todo o país, atentando para este tipo de material e aqui certamente absorverá toda a produção que o projeto pretende gerar.
     Mas para que isto se torne realidade o PRIS precisa de convênios para adquirir as máquinas que custam cerca de R$ 100 mil reais e somados aos gastos de instalações e estrutura poderá  chegar a R$ 150 mil reais. Recursos federais que o Pr. Josiel diz saber que existem é o pleito que está sendo feito através de documentação e amostra dos trabalhos. “O governo federal tem entendido que o problema da dependência química no Brasil, está se tornando um problema relevante para a sociedade o que tem provocado enormes prejuízos ao indivíduo acelerando o caos social, pois se adicionam a estes várias modalidades de criminalidade e miséria”, diz o Pr. Josiel.
     A burocracia enfrentada para alcançar esta conquista já está sendo escalada e documentação está sendo enviada e a coordenação do PRIS diz esperar que o projeto tenha receptividade por parte do governo federal e da iniciativa privada.

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