19 de set. de 2011

MST interdita rodovia no sudeste do Pará

MST interdita rodovias no Pará
foi percebido grande número de pessoas no local
Desde as 06hs de hoje, 19, as rodovias PA 275, no trecho Parauapebas/Curionopolis, e PA 160, no trecho Parauapebas/Canaã dos Carajás, estão interditadas por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) dos Acampamentos Frei Henry Burin Des Rosies às margens da mesma rodovia a cerca de 20 km de Parauapebas, e Dina Teixeira, próximo à Vila Planalto, há 20 km de Canaã dos Carajás.
Segundo um integrante do movimento, Valdemar Pedro dos Santos, o popular Baiano, a ação foi provocada pela ausência do governo federal que não tem enviado as cestas básicas às mais de 300 famílias acampadas no local, além da ausência de escolas para alfabetização dos adultos e ainda das crianças que cursam desde o primeiro período até ao quarto ano do ensino fundamental pois, segundo ele, apenas os estudantes a partir do quinto ano são levados em transporte escolar para Curionópolis ficando os demais sem direito a educação.
 Escola é uma das reivindicações do MST
O MST construiu uma escola em madeira, barro e palha, e disponibilizou ao município exigindo deste apenas o pagamento dos professores e, segundo Baiano, a secretaria de educação não aceitou a proposta e isto causou mal estar entre governo municipal e MST.
O tamanho mínimo de dois alqueires (96.800 mt²) não comporta mais os 338 barracos não deixando assim espaço para cultivos de verduras e mandioca para complementar a alimentação das famílias. “Precisamos de terra para cultivar e ainda das cestas básicas até que sejamos assentado em terras definitivas, pois todos aqui além de pobres não tem formação profissional o que impossibilita a contratação em empresas”, explicou Baiano.
Ele disse ainda não ter previsão para a liberação do tráfego na rodovia, dizendo que tudo depende da presença do governo para atender as reivindicações.
Filas quilométricas de veículos se formavam nos dois sentidos da rodovia e muitos passageiros do transporte alternativo e ônibus se abrigavam às sobras de carros e árvores.
“A pressa não é nossa, é do Estado; responsável direto por este transtorno”, encerrou Baiano.
Filas quilométricas se formaram nos dois sentidos da rodovia




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