13 de set. de 2011

populares permanecem em APP

Vereadores recomendam que populares  permaneçam em APP

A denúncia foi feita à nossa equipe de reportagens pelo presidente da Associação dos Moradores da Ocupação Nova Vida II, Francisco da Silva, popularmente conhecido como Doutor, ele é coordenador da ocupação próximo a ETE (Estação de Tratamento de Água) do bairro Nova Vida, área de responsabilidade do SAAEP (Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Parauapebas). O denunciante conta que o impasse se deu após acordo firmado com a prefeitura em que os ocupantes não afetaria a APP (Área de Preservação Permanente), próximo a ETE, e isto garantiria a manutenção do cadastro destes para receber benefício dos programas públicos de moradia e poderiam aguardar ali, na ocupação, até que o benefício saísse.
“Com o fim dos espaços na área ocupada muitas pessoas começaram a invadir a área verde e isto gerou impasse, uma vez que o acordo foi quebrado”, lamenta Doutor, explicando que, com este fato novo, o SAAEP se sentindo prejudicado entrou com o pedido de reintegração de posse de toda a área, fato que foi comunicado à coordenação da ocupação convidando o coordenador para uma reunião.
A recomendação das secretarias de urbanismo e Habitação foi que a associação dos moradores da ocupação recomendasse a saída espontânea dos que estão na área verde da ETE e ainda na parte baixa do local, onde fica uma área pantanosa coberta por vegetação. “Alguns moradores não satisfeitos com a manifestação do poder público em “ordenar” a ocupação em defesa da ETE e APP, convidaram os vereadores de oposição ao atual governo, Massud, Francisângela, Adelson e Faisal, esperando achar nestes, apoio para continuar no local.
“Estes vereadores não tinha conhecimento da situação da ocupação e caíram aqui de pára quedas. Eles garantiram aos moradores da área da ETE e APP que não precisavam sair, pois qualquer coisa que houvesse eles resolveriam”, conta Doutor, lembrando que no início da organização da ocupação um do vereadores de oposição, Antonio Massud, foi procurado e nada fez a favor.    
“Porque eles não vieram aqui há quatro meses quando estávamos em fase de instalação, quando precisávamos de água, energia e outros serviços essenciais? só agora depois de tudo em pleno funcionamento eles aparecem querendo fazer oposição e pré campanha em cima do povo”, interroga o coordenador, contando ainda que o vereador Massud disse que os moradores não deveriam contribuir financeiramente com a associação e que esta nem se quer era legalizada. A diretora da entidade fez questão de mostrar à nossa equipe de reportagens a legalidade da associação através de documentos e outros registros protocolados na Secretaria Municipal de Habitação. 
 Doutor mostrou a documentação da associação
Doutor disse ainda que na reunião feita entre vereadores e ocupantes não foi permitido que os membros da diretoria fizesse uso da palavra e o vereador Massud deixou claro em seu pronunciamento que a associação era uma enganação que só embolsava dinheiro do povo. “Queremos cumprir o acordo com a prefeitura; não queremos continuar morando aqui para sempre, pois sei que esta é uma área imprópria para moradia. Estamos aqui esperando uma área definitiva”, detalhou o coordenador da ocupação. Ele lamenta que com a desobediência ao acordo todos correm o risco de ser tirado do local, mas foi feito outro acordo entre a associação e prefeitura, dando um prazo de 15 dias para que seja removido pacificamente os que estão na área da APP e ETE, prazo que inspira no dia 21 de setembro, quarta feira. “Tudo ia bem e muitos estavam removendo seus barracos para áreas, provisoriamente, permitidas; mas com a vinda dos vereadores aqui, garantindo que os defenderia em caso de cumprimento de reintegração de posse, tudo ficou mais difícil eles não querem ouvir a associação e persistem em permanecer lá, pondo em risco todos os que estão aqui deste o início”, lamenta Doutor, dizendo que os vereadores deveriam tê-lo procurado para, depois de tomar conhecimento da real situação, arquitetarem juntos uma solução viável para todos.
Foi observada a construção de vários barracos onde a recomendação é que sejam removidos.     

 A certidao narrativa confirma a legalidade da entidade

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