1 de set. de 2011

vereadores acionam MP


Vereadores de oposição acionam MP para investigar resultado de CPI

O relatório foi protocolado no MP

A grande polêmica nascida com o faraônico contrato entre prefeitura de Parauapebas e o escritório de advocacia JADER ALBERTO PAZINATO ADVOGADOS ASSOCIADOS culminou em CPI proposta pelos vereadores de oposição: Antonio Massud, Francisangela Resende, Faisal Salmem e Adelson Fernandes.
A Comissão foi composta pelos vereadores: RAIMUNDO DE VASCONCELOS SILVA (PT), presidente; PERCÍLIA ROSA MARTINS (PRTB), 1ª Relatora; FRANCISÂNGELA VICENTE RESENDE (PMDB), 2ª Relatora; JOSÉ ADELSON FERNANDES SILVA (PDT), Membro; e JOSÉ ALVES DE LIMA (PT), Membro.
A CPI foi concluída porém, segundo os vereadores de oposição, a composição da comissão favoreceu aos denunciados e o relatório não agradou em nada aos denunciantes nem boa parte da população. Mas no Relatório em Separado, Divergente do Relator, de autoria dos Vereadores José Adelson Fernandes e Francisângela Resende, o parecer foi bem diferente, e esta discordância foi motivo suficiente para que na quarta-feira, 31, os vereadores de oposição protocolassem no MP (Ministério Público) o relatório em separado oferecendo assim denúncia pedindo para que seja investigado.
Os vereadores fizeram a pé o percurso da câmara ao MP e foram acompanhados por muitos populares que demonstrou revolta com o desfecho das investigações. Não havia nenhum promotor na sede do MP, mas uma atendente recebeu o relatório das mãos dos vereadores e protocolou as muitas páginas do documento.
Ainda no prédio do MP os vereadores conversaram com os populares e detalharam o problema.    A vereadora Francisangela se disse escandalizada com o parecer favorável ao contrato da prefeitura e os Pazinatos, e assegura que de acordo com as investigações existem irregularidades. “O prefeito, Darci, atrapalhou muito; e o que a gente pede ao MP é providências contra ele. Só nos resta aguardar o posicionamento do MP”, lamentou Francisangela, esclarecendo à população que no que depender dos vereadores de oposição a CPI não acabará em pizza.
O vereador Antonio Massud, também presente no ato de entrega do relatório ao MP, disse lamentar o fato de que, caso o MP não tome providencias, mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos podem ser levados pelos Pazinatos. “Vamos instalar ainda outras CPI’s e a próxima será para apurar onde o prefeito Darci colocou R$ 600 milhões”, garante Massud.
CPI que o vereador Adelson Fernandes garante que será aberta após garantir que o trabalho da CPI que investiga o contrato dos Pazinatos e a prefeitura seja concluído. “Não vamos abrir sucessivas CPI’s sem concluir de fato esta. Mas esta CPI de fato vai acontecer, dependendo apenas do nosso planejamento interno. Já estamos juntando documentos e nos municiando para evitarmos os entraves que são naturais”, reafirma Adelson, enumerando que a oposição pretende investigar a contratação de OCIP, a construção do hospital municipal, o lixo de Parauapebas e as altas cifras que o prefeito diz ter investigo em obras que não aparecem.
Adelson cita como os principais entraves na CPI dos Pazinatos, a morosidade do poder executivo em responder as solicitações feitas pela comissão; solicitações que ele explica ser importantes para aferir os serviços supostamente prestados pelo escritório de advocacia dos Pazinatos à prefeitura de Parauapebas. “O presidente da CPI, vereador Raimundo Vasconcelos, também teve uma parcela de culpa, pois protegeu as pessoas investigadas”, conta Adelson, dizendo ter como importante o depoimento dos envolvidos na denúncia e, ainda segundo Adelson, o presidente se negou a convocar estas pessoas.
“O que ocorreu foi uma atrocidade, e não foi usada a independência do poder legislativo que tem o poder de solicitar e os denunciados se explicarem. Mas infelizmente o presidente da comissão optou por não usar a força da CPI e simplesmente passar a mão na cabeça daqueles que deveriam esclarecer os fatos”, denuncia Adelson, dizendo ter mostrado ao MP todos os pontos que precisam ser investigados.         
Populares acompanharam os vereadores

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