13 de jun. de 2011

Movimentos sociais reforçam acampamento no INCRA e Marabá




Os movimentos sociais liderados pelo MST, apoiado pela FETRAF e FETAGRI esperam chegar a 5000 militantes acampados no INCRA em MARABÁ. Na manhã de segunda-feira, 06, era grande a movimentação dos trabalhadores, fincando estacas e esticando lonas na montagem de barracos, todos apoiados nos muros do INCRA e dos prédios públicos que estão próximos.
O MST tentava dialogar a algum tempo com FETAGRI e FETRAF,  a morte dos lideres extrativistas em Nova Ipixuna, Luis Cláudio e Maria do Espírito Santo, parece ter acelerado esse acordo entre os movimentos, que uniram as pautas em torno da regularização fundiária, melhorias para os projetos de assentamentos – PAs, liberação de recursos para a agricultura e recursos para habitação.
Assim a FETAGRI e a FETRAF reforçam o acampamento que no dia 09 Junho completa um mês com poucos avanços ou quase nenhum, talvez a maior conquista seja mesmo a união de pautas e a adesão das entidades.
Os coordenadores acreditam que a massificação em torno do acampamento pode fazer com que o governo federal de mova e comesse a atender a demanda dos movimentos. Segundo Tito Moura da coordenação nacional do MST, faz algum tempo que o governo federal não regulariza um novo projeto de assentamento na região, citando o exemplo da fazenda peruano que a mais de sete anos aguarda a regularização fundiária.
Entre os acampados a maior reclamação é mesmo a falta de regularização fundiária que tem impedido a liberação de recursos para o plantio e habitação, além da insegurança em começar a organizar a vida, afirmam.
Pretensão - O MST mantém o interesse na área da Fazenda São Luis, no município de Canaã dos Carajás, e afirma categoricamente que não abre mão da propriedade, embora a Companhia Vale do Rio Doce também tenha interesse na propriedade, os coordenadores afirmam que a área de interesse da Vale não é uma prioridade do MST, pois a eles interesse prioritariamente a área agricultável e não a área de serra, onde estaria o minério de interesse da mineradora.
No dia 26 de junho esta previsto uma audiência publica no INCRA em Marabá com a participação da Vale, MST e representantes da fazenda para discutir o assunto a situação da fazenda. No local o MST mantém o acampamento Dina Teixeira com 300 famílias.
A respeito da possibilidade de remoção das famílias acampadas no Dina Teixeira o MST afirma que não ocuparia uma área já ocupada por outros movimentos, referenciando ao noticiado na mídia que o movimento poderia ser remanejado para o interior da Fazenda Marajai em Canaã dos Carajás. (Fonte: jornal Correio do Pará)

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