24 de jun. de 2011

MST deixa sede do INCRA

Sede do INCRA de Marabá é desocupada
A ocupação durou 44 dias
   Após 44 dias os sem terras ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), desocuparam o prédio do INCRA (Instituto nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Marabá.
Segundo dados do MST a concentração de membros dos movimentos no local já ultrapassava o número de 10 mil pessoas.
 A ocupação ocorreu no dia 18 de maio, quando cerca de 1.300 famílias ocuparam o local.
     As famílias são de assentamentos e acampamentos das fazendas de municípios das regiões sul e sudeste do Estado entre elas, Maria Bonita (Eldorado dos carajás), São Luís (Canaã dos carajás), Nega Madalena (Tucumã), Piratininga(Tucuruí) ,Cedro (Marabá) e Rio Vermelho (Sapucaia).
Um dos membros da Coordenação Nacional do MST,Tito Moura, explicou que o principal motivo da ocupação foi o fato de que os movimentos sociais,- MST, Fetagri e Fetraf-, nos últimos oito anos não obteve conquistas no que diz respeito a desapropriações de terras; tanto na pauta mais fundiária quanto na pauta estrutural dos assentamentos que já existem.
O Palácio do Planalto interveio e agendou uma reunião, em Brasília, entre representantes do MST, Fetagri e da Fetraf, segunda-feira, 20 de junho, com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e representantes do Ministério de Minas e Energia e do Desenvolvimento Agrário; não satisfeitos, líderes dos movimentos foram a Brasília onde procuraram o Ministro do Desenvolvimento Agrário.
A comitiva, composta por 19 membros dos três movimentos envolvidos, foram ao Planalto buscar solução para o impasse. Um deles, Tito Moura, explicou à reportagem que além da principal pauta, desocupação e assentamento, os líderes reivindicaram o aumento do recurso para estrutura nos assentamentos e acampamentos. A verba, que era de R$ 8 milhões, foi renegociada passando agora para R$ 40 milhões. Valor que será gerido pelo INCRA e acompanhado pelos movimentos sociais voltados para os problemas agrários. A verba será destinada a financiamentos, construção de estradas, pontes, escolas etc. dentro dos assentamentos e acampamentos.
“De alguma forma os movimentos conseguiram ter alguma conquista, claro que não é ainda a esperada. Continuaremos na luta para galgarmos nossos anseios”, planeja Tito, dando conta de que uma equipe técnica do INCRA de Brasília está em Marabá para as discussões dos demais assuntos; ainda segundo o coordenador será discutido caso a caso as desapropriações das fazendas Rio Vermelho, do Grupo Quagliato; São Luiz, que já abriga o acampamento Dina Teixeira, na PA 160; e a Marambaia, na PA 275, onde de frente a esta foi instalado o acampamento Frei Henry des Roziers. Áreas que, segundo a coordenação regional do MST, são da união, destinadas à reforma agrária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será avaliado por nossos editores e, caso não seja ofensivo nem imoral, será posteriormente postado.