7 de nov. de 2011

Apartamentos do PAC estão sendo saqueados em Marabá


As obras de construção do projeto habitacional e de urbanização de parte do Bairro Francisco Coelho, popularmente conhecido como Cabelo Seco, vêm sendo saqueadas em plena luz do dia. Segundo informações da moradora Doraci Martins, ela própria já chegou a flagrar uma pessoa saindo do local carregando materiais.
As obras estão paralisadas há aproximadamente seis meses e, há pouco mais de 15 dias, os moradores da região observam que caixas d’água e portas são continuadamente roubadas. “Eles pegam à luz do dia porque à noite é muito escuro e também tem um vigia. Os ladrões costumam quebrar o forro das casas para retirar as caixas d’água”, relata Doraci.
Ela faz parte de uma das 48 famílias que foram retiradas do local há quatro anos e agora esperam para retornar para a área e morar nas casas recém-construídas e diz que, assim que as demais pessoas interessadas perceberam o que vinha ocorrendo, as autoridades competentes foram alertadas. “No primeiro dia em que eu vi o roubo, chamei a polícia.
Depois eu chamei o pessoal da Sedurb (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano) e disse que tomaria uma providência se os roubos continuassem a acontecer, mas não apareceram mais aqui”, reclamou.
Doraci demonstrou estar inconformada com a situação, mas diz não se atrever a ir além do que já fez por sentir preocupação com sua segurança e a da família. “Eu dei de frente com o cara que estava aí pegando material, mas eu não vou sacrificar a minha vida por causa disso. Tenho meus filhos para criar e não vou ficar me indispondo com as pessoas que estão tirando as coisas aí de dentro”.
Ela acrescentou que não é sua obrigação se preocupar com essa situação e sim do órgão responsável pela obra. “Minha preocupação é só porque eu quero voltar para minha casa. Estamos assistindo a todo o material sendo retirado e uma coisa que estava ficando bonita, agora está superfeia”, desabafou.
Retomada - A obra foi contratada em 2008, mediante convênio entre o governo do Estado e o governo federal, através do Ministério das Cidades, dentro do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). À época, o consórcio Arte Marabá, composto por duas empresas e liderado pela Marteng, venceu a licitação, mas após algum tempo começaram a aparecer os problemas. Ainda na administração passada a obra passou três anos – de 2008 a 2010 – paralisada, mas neste ano o órgão convocou a segunda colocada na licitação: Construfox.
Procurado pela Reportagem, o gerente regional da Sedurb, José Gaby, informou que nesta sexta-feira (28) todos os contratos foram finalizados e a empresa deverá retomar os serviços na próxima terça-feira (1º), “a todo vapor”.
Segundo ele, ainda há muito que ser feito na área e não existe um prazo definido para a entrega, mas desta vez a obra não permanecerá mais parada. A respeito do roubo dos materiais, ele informou que tudo será recolocado sem nenhum prejuízo aos órgãos públicos. “A empresa que vai retomar as obras será a responsável por refazer a compra destes materiais”, concluiu.
Do projeto contratado consta a construção de um cais de arrimo na orla do Rio Itacaiúnas, com extensão de 300 metros, quase chegando ao encontro do Rio Tocantins, além da edificação do um conjunto habitacional com toda a infraestrutura necessária, incluindo 1.200 ligações de água tratada na Marabá Pioneira e 500 unidades de solução individual de esgoto, com fossa e filtro, no mesmo núcleo. O projeto também contempla algumas obras de drenagem, também na Pioneira.  (Fonte: Correio Tocantins)

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