Plebiscito sobre criação de Carajás e Tapajós em nova fase
Plebiscito sobre criação de Carajás e Tapajós entra em nova fase com campanha na TV e rádio; resto do país segue de longe.
Começam para valer na sexta-feira (11/11) as campanhas contra e a favor da proposta de divisão do Pará em até três estados, criando duas novas unidades da federação - Tapajós e Carajás -, além do Novo Pará.
O plebiscito está marcado para o dia 11 de dezembro e a propaganda em rádio e televisão (só no estado) começa um mês antes.
As frentes pró-Carajás e Tapajós terão 20 minutos diários de propaganda, mesmo tempo da frente contrária à divisão do estado. Até lá, apesar de contar apenas com comícios, cartazes e adesivos, os dois lados se movimentam para conquistar os eleitores.
"A elite política e empresarial já tem opinião formada, mas o povão que decide não. Quem for mais competente na campanha e tiver melhor argumentação leva”, afirma o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), cotado para ser governador do novo estado de Carajás.
Defensor ardoroso da separação, Queiroz sabe que os municípios do "norte" vão decidir o resultado do plebiscito e é lá que a equipe da Frente Pró-Carajás e Pró-Tapajós está centrando forças. Nas cidades que farão parte dos novos estados, a quase totalidade dos moradores vota pela separação.
A esperança é de dias melhores em lugares que se queixam de abandono pelo poder do estado, por estarem situados a centenas de quilômetros do centro de decisões de Belém. É o caso de Marabá, que seria a provável capital de Carajás.
A cidade situada às margens da Transamazônica, é mais conhecida por ser a quarta mais violenta do país. No entanto, apesar de estagnada, violenta, sem saneamento, carente de hospitais ou escolas, Marabá responde por 6% da riqueza paraense.
Riqueza e devastação - Parte da riqueza do município vem da exploração de minério de Parauapebas, a maior mina do mundo, localizada a cerca de 200 quilômetros de Marabá. No ano passado, Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás responderam por 80% de todo o CFEM (royalties de mineração) arrecadado no Pará.
Outra parte se origina da intensa atividade agropecuária que, junto com as indústrias siderúrgicas locais, foi responsável pela devastação ambiental que acabou com a floresta que existia ali no passado.
"O dinheiro que sai daqui não volta", diz o comerciante Marcelo Lins, que fez do seu estabelecimento um ‘QG' da causa separatista, distribuindo folhetos com os dizeres "Carajás Sim. Bom para Todos", muito utilizados pelos motoristas de táxis e motoqueiros que circulam pela cidade.
Mas nem só de anônimos vive a campanha. O trunfo dos separatistas é a propaganda de rádio e TV, sob a batuta do publicitário Duda Mendonça, um bem-sucedido fazendeiro com duas propriedades na região de Carajás, que prometeu assumir a campanha a custo zero. Também o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Santa Bárbara, dono de grandes propriedades ali, teria interesse na separação.
Do outro lado, os jogadores Ganso e Pará, do Santos, doaram camisas autografadas da equipe para ajudar na arrecadação de fundos contra a divisão. A tudo isso, o governador Simão Jatene (PSDB) promete neutralidade.
"Para o governo, cabe à população, a quem o assunto de fato interessa, se posicionar sobre o tema, o que será feito nas urnas", diz Jatene em nota oficial. Isso não impediu, que ele exonerasse o deputado federal Zenaldo Coutinho da Casa Civil para assumir a liderança da união.
"Vamos ganhar, mas se não der, esperamos a decisão do Congresso Nacional", diz Coutinho.
Afinal, quais os grupos ou empresas que de fato estão investindo, ou por outra quais são os maiores investidores na Campanha Publicitária para
ResponderExcluirseparação de Carajás do Pará.Agradeceria e muito a
gentileza e sinceridade na resposta.Atenciosamente,
Eliezer Luiz Jucá Soares Presidente da COGASP(a única sucessora LEGÍTIMA da COOGAR, o resto é Crime Hediondo,esteLionato e uma multiplicidade de crimes tipificados nas LEIS DO BRASIL !!! )