7 de nov. de 2011

Plebiscito para divisão do Pará entra na reta final

Plebiscito sobre criação de Carajás e Tapajós em nova fase 

Plebiscito sobre criação de Carajás e Tapajós entra em nova fase com campanha na TV e rádio; resto do país segue de longe.
Começam para valer na sexta-feira (11/11) as campanhas contra e a favor da proposta de divisão do Pará em até três estados, criando duas novas unidades da federação - Tapajós e Carajás -, além do Novo Pará.
O plebiscito está marcado para o dia 11 de dezembro e a propaganda em rádio e televisão (só no estado) começa um mês antes.
As frentes pró-Carajás e Tapajós terão 20 minutos diários de propaganda, mesmo tempo da frente contrária à divisão do estado. Até lá, apesar de contar apenas com comícios, cartazes e adesivos, os dois lados se movimentam para conquistar os eleitores.
"A elite política e empresarial já tem opinião formada, mas o povão que decide não. Quem for mais competente na campanha e tiver melhor argumentação leva”, afirma o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), cotado para ser governador do novo estado de Carajás.
Defensor ardoroso da separação, Queiroz sabe que os municípios do "norte" vão decidir o resultado do plebiscito e é lá que a equipe da Frente Pró-Carajás e Pró-Tapajós está centrando forças. Nas cidades que farão parte dos novos estados, a quase totalidade dos moradores vota pela separação.
A esperança é de dias melhores em lugares que se queixam de abandono pelo poder do estado, por estarem situados a centenas de quilômetros do centro de decisões de Belém. É o caso de Marabá, que seria a provável capital de Carajás.
A cidade situada às margens da Transamazônica, é mais conhecida por ser a quarta mais violenta do país. No entanto, apesar de estagnada, violenta, sem saneamento, carente de hospitais ou escolas, Marabá responde por 6% da riqueza paraense.
Riqueza e devastação - Parte da riqueza do município vem da exploração de minério de Parauapebas, a maior mina do mundo, localizada a cerca de 200 quilômetros de Marabá. No ano passado, Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás responderam por 80% de todo o CFEM (royalties de mineração) arrecadado no Pará.
Outra parte se origina da intensa atividade agropecuária que, junto com as indústrias siderúrgicas locais, foi responsável pela devastação ambiental que acabou com a floresta que existia ali no passado.
"O dinheiro que sai daqui não volta", diz o comerciante Marcelo Lins, que fez do seu estabelecimento um ‘QG' da causa separatista, distribuindo folhetos com os dizeres "Carajás Sim. Bom para Todos", muito utilizados pelos motoristas de táxis e motoqueiros que circulam pela cidade.
Mas nem só de anônimos vive a campanha. O trunfo dos separatistas é a propaganda de rádio e TV, sob a batuta do publicitário Duda Mendonça, um bem-sucedido fazendeiro com duas propriedades na região de Carajás, que prometeu assumir a campanha a custo zero. Também o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Santa Bárbara, dono de grandes propriedades ali, teria interesse na separação.
Do outro lado, os jogadores Ganso e Pará, do Santos, doaram camisas autografadas da equipe para ajudar na arrecadação de fundos contra a divisão. A tudo isso, o governador Simão Jatene (PSDB) promete neutralidade.
"Para o governo, cabe à população, a quem o assunto de fato interessa, se posicionar sobre o tema, o que será feito nas urnas", diz Jatene em nota oficial. Isso não impediu, que ele exonerasse o deputado federal Zenaldo Coutinho da Casa Civil para assumir a liderança da união.
"Vamos ganhar, mas se não der, esperamos a decisão do Congresso Nacional", diz Coutinho.

Um comentário:

  1. Afinal, quais os grupos ou empresas que de fato estão investindo, ou por outra quais são os maiores investidores na Campanha Publicitária para
    separação de Carajás do Pará.Agradeceria e muito a
    gentileza e sinceridade na resposta.Atenciosamente,
    Eliezer Luiz Jucá Soares Presidente da COGASP(a única sucessora LEGÍTIMA da COOGAR, o resto é Crime Hediondo,esteLionato e uma multiplicidade de crimes tipificados nas LEIS DO BRASIL !!! )

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