O descaso do governo culminou no protesto
Por volta das 16hs de terça-feira, 8, quando iniciara a sessão da Câmara Municipal de Parauapebas moradores do Bairro Rio Verde se aglomeraram na porta daquela Casa de Leis e, como protesto, interditaram a rua ateando fogo em pneus.
O ato foi comandado por José Ribamar Pacheco da Silva, o popular Riba, comerciante no ramo de panificação na rua Araguaia, próximo ao mercado municipal. Ele declarou que o motivo do protesto foi o descaso do governo municipal com o problema vivido pelos moradores daquelas proximidades em todos os períodos chuvosos. “Já fizemos o possível, levantamos as calçadas de nossas casas, reivindicamos, protestamos várias vezes e agora só nos restou apelar pelo apoio dos vereadores”, contou Riba.
Os manifestantes, além de atear fogo nos pneus, usavam apenas cuecas e lama por todo o corpo para ilustrar a situação vivida no local nos alagamentos. Riba usou um carro de som para chamar nominalmente cada vereador, mas apenas Adelson, Faisal, Francisanngela e Massud, que formam o bloco de oposição, saíram da câmara e subiram no carro de som.
Todos eles usaram o microfone manifestando apoio á causa. “O povo aprendeu a fazer manifestação queimando pneus. Mas se queimassem pneus para cada obra que falta em Parauapebas não os teríamos em número suficiente”, disse Faisal, enumerando as carências do município.
O vereador Adelson mensurou que o custo da obra, reclamada pelos manifestantes (drenagem e canalização do Igarapé , causador dos transtornos no local), não passam de R$ 4 milhões, valor que ele diz significar apenas dois dias de arrecadação dos cofres públicos municipal. “Não podemos mais tolerar o que está acontecendo sem fazer nada, pois o problema logo baterá em nossa porta”, preocupou-se Adelson.
Francisângela Resende, disse que o bloco de oposição já propôs emenda no orçamento para resolver o problema daquela área de alagamento além de ter trazido o debate para a câmara. “As obras realizadas nestes seis anos e meio não justificam o valor dinheiro que passaram nos cofres da prefeitura. A cidade não aguenta mais tanto descaso e espero que manifestações como esta desperte o governo”, disse Francisângela.
A manifestação que iniciou por volta das 16hs durou em média duas horas. Depois a sessão da câmara foi retomada.
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