3 de nov. de 2011

Os deixados para tras

Acabo de receber e  não poderia deixar de postar algo tão inteligente e real. O que eu intitularia de: 

A poesia da dor!

Sem ocupação, sem lenço, sem documento.  

Perdidos, tuberculosos, hansênicos, exilados de si mesmos.  

Vítimas das suas  atitudes, e só delas dependentes.

Fazendo história real, no extremo da dramaturgia.  Sem brilho, sem poesia. E se ao menos houvesse um pálido afago de quem acaricia.

E se tivesse um casebre, com uma cama, de colchão barato pra descansar o dorso, más quah!...

Mulheres belas a transitar, cortesãs a desfilar para um império onde, quem melhor enxergar é o rei; míope, de um olho só.

Logradouro, onde a pobreza é artigo de luxo, visto que o predominante é a miséria absoluta, e que bate a todo instante, a porta dos menos desfavorecidos, pronto à fazer um novo afiliado.

Velhos decrépitos, vivendo a prorrogação do avançado estágio vegetativo da vida, guardiões de um tesouro inacessível, desgastados com a ilusão de um passado áureo, que sonham reviver.   

Sobreviventes do descaso, da indiferença. Tratados como escória. Incômodo para os interesses do capital. Que tiveram seus trajetos de vidas alterados, por um corpo de magistrado, desconhecedores da realidade.  Abastados, que provavelmente, nunca passaram privações, de ordem física ou ideológica.  

Logo, num futuro próximo, levantarão, sedentos de poder pelo voto, vozes latentes, em defesa póstuma de que, um investimento  da SUDAN ou PAC,  poderia ter financiado a obra  para os autênticos detentores dos  direitos, por uso capião, ou...  sei  La.  Parece que é mais cômodo abandonar, do que ser patriota.

E quando a história, for COLOSSALMENTE reescrita, terão, por mérito, a condecoração do analfabetismo, e seus feitos épicos, sequer serão mencionados no mural:  

Na capital do ouro; há um COLOSSO,
que os miseráveis jamais alcançarão!

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