15 de nov. de 2011

Depois de “puxar cana” vereador Omilton se explica na tribuna

Ele diz que foi pro “xilindró” injustamente

Preso na manhã de quarta-feira, 9, o vereador de Canaã dos Carajás, Omilton Ricardo de Oliveira (PP), foi liberado por força de liminar no dia 11, sexta-feira.
O vereador compareceu na sessão ordinária da câmara de seu município e se explicou na tribuna dizendo ter sido injustiçado no pedido de prisão temporária. Quanto à divulgação ampla dada ao caso nos meios de comunicação ele disse que o delegado resumiu muito a justificativa, e detalha que de um processo de 39 páginas foram usadas apenas cerca de 50 palavras.
Entre as alegações do delegado cita-se que Omilton tem uma estreita amizade como gerente do Banco do Brasil, também denunciado como membro da quadrilha. Omilton não foi inocentado, tendo conseguido apenas Abeas Corpus, e nem estão concluídas as investigações.
Histórico de corrupção - Mas esta não é a primeira vez que Omilton é denunciado por envolvimento com ilícito e práticas de falcatruas. Outras denúncias, já feitas contra o vereador, dão conta de que ele pode ter se envolvido com outras maracutaias e já tenha intimidade com o mundo da corrupção.
Não faz muito tempo, ainda neste mandato, um morador de Canaã dos Carajás enviou ao MPF (Ministério Público Federal) Carta Denúncia e nesta denunciou vários crimes que estariam sendo praticado naquele município pelo, então presidente da Câmara municipal, vereador Omilton.
A carta anônima foi endereçada ao Ministério Público Federal em Marabá e após análise, o procurador da República Tiago Modesto Rabelo enviou uma cópia do documento para a Superintendência da Polícia Civil do Sudeste, pedindo as medidas cabíveis, observando que a denuncia foi recebida pala Internet e merece ser investigada.
O superintendente, por sua vez, despachou o documento para o delegado de Canãa dos Carajás, na época, Paulo Vanderley Mascrenhas, também pedindo providências para investigar o conteúdo das denúncias.
Na carta, o morador de Canaã garantiu que no ano de 2008, quando já era presidente da Câmara Municipal, Omilton Ricardo praticava atos de improbidade administrativa, e teria usado dinheiro da Casa de Leis para pagar compras em supermercado para sua residência e para a casa de outros servidores, os quais seriam seus parentes, caracterizando a prática de nepotismo, não permitida pela Justiça.
A missiva denunciou também que Omilton teria forjado licitações, inclusive de veículos, para beneficiar-se financeiramente. Em troca de recursos financeiros, reavaliou as contas do prefeito, Anuar Alves , na gestão anterior e depois de terem rejeitado as mesmas, voltaram às tais contas de forma inexplicável, sustenta ainda o denunciante.
As arbitrariedades cometidas por Omilton Ricardo, segundo o denunciante, não param por aí. E conta que o vereador subornou o então presidente do DEM (antigo PFL) para alterar a data de sua filiação e assim não ser denunciado por infidelidade partidária evitando a perda do mandato.
Segundo as denúncias, citadas na carta, a eleição de Omilton a presidente da câmara foi conseguida graças a subornos pagos aos vereadores Cleverson (Vulgo Criatura do PC do B); Ronilton (vulgo Grilo do PPS), e Valter Diniz (PPS).
Omilton é qualificado pelo denunciante como “sujeito truculento” e usa, de forma ilegal, armas em casa, em suas fazendas e com seus capangas.
Na época o delegado Paulo Mascarenhas nada quis falar sobre o caso dizendo apenas que seriam investigadas.
Porém, depois de passados pelo menos dois anos, nada aconteceu aos citados na denúncia e nenhuma satisfação foi dada à comunidade.

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